sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Um ano após renúncia, Azeredo vai se aposentar

Deputado federal tucano é réu do mensalão mineiro e não pretende disputar mais eleiçõesiG Minas Gerais 

‘Renunciei porque o procurador geral havia extrapolado’, diz Azeredo
ED FERREIRA
‘Renunciei porque o procurador geral havia extrapolado’, diz Azeredo
Passado um ano da renúncia ao mandato de deputado federal, o tucano Eduardo Azeredo, réu no processo do mensalão mineiro, participa da vida partidária mas perdeu o poder de decisão no PSDB. Ele afirma que irá se aposentar da vida política. “Estou com 66 anos e fui governador, fui senador. Eu fiz minha parte. Tem mais gente aí agora para fazer”, disse, informando sua decisão de não disputar mais eleições.
O processo contra Azeredo, que agora tramita na 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Minas Gerais, está parado. Falta apenas a sentença, que será proferida pela juíza Neide da Silva Martins. No entanto, de acordo com a assessoria do fórum, não há prazo para a magistrada tomar sua decisão.
Em 19 de fevereiro de 2014, o parlamentar desistiu do mandato na Câmara. A renúncia ocorreu pouco depois de o procurador geral da República, Rodrigo Janot, recomendar sua condenação a 22 anos de prisão. Com isso, o caso saiu do Supremo Tribunal Federal (STF) – onde tramitam casos contra autoridades com foro privilegiado – e foi transferido para a primeira instância da Justiça.
Ao apresentar suas alegações finais na ação que tramitava no Supremo, Rodrigo Janot pediu a condenação do tucano pelas acusações de peculato e lavagem de dinheiro. Segundo Janot, Azeredo atuou como “um maestro” do esquema do mensalão mineiro, que consistiu, segundo a acusação, em desviar recursos de estatais mineiras para financiar a campanha eleitoral do tucano em 1998, quando ele disputou sem sucesso a reeleição ao governo de Minas.
Desde que renunciou, Azeredo raramente faz aparições públicas. Participa de reuniões do PSDB, mas não toma decisões. Ele diz que manterá a militância partidária, mas garante ter desistido da vida pública. “Não penso em disputar mais eleição. (Mas) sou fundador do partido e continuo participando das atividades”. 

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