sexta-feira, maio 15, 2015

OS JEGUES DE SALGUEIRO

                A história do nordeste está sempre ligada a historia do jegue.  Não se pode e nem se deve falar em nordeste sem falar em jegue. Jegue e jumento são a mesma coisa, ou seja, jumento.               É um tipo de animal parente do cavalo e a meu ver, um dos tipos de animais mais antigos da historia.  Geralmente quando se quer desqualificar uma pessoa do ponto de vista intelectual costumam dizer: fulano ou beltrano é um jumento e consequentemente não raciocina. Pois bem, quero usar dessa figura de linguagem pra denunciar o caso dos jegues que habitam o sertão nordestino entre a cidade de serrinha na Bahia e salgueiro já em Pernambuco. Existem muitos jumentos por lá andando pelas ruas sem dono e causando sérios acidentes e alguns inclusive com vitimas fatais. A região é uma estrada, creio que federal, e sem fiscalização alguma. Viajei a noite toda pela estrada e não vi um caminhão sequer de recolhimento de animais. E sendo essa estrada muito mal cuidada e, sobretudo sem sinalização alguma, (nem sequer o aviso de cuidado animais em seu entorno) acontecem muitos acidentes fatais. Pois os animais atravessam as estradas de um lado para outro saindo assim do nada. A estrada  é como se fosse um desfiladeiro de filme ou uma caminhada rumo ao inferno em se tratando de uma rua imensa e sem iluminação Uma reta imensa que da pra ver quilômetros à frente onde  às luzes dos faróis dos carros que vem no sentido contrario começam simples e tímidas porem vão se agigantando com a aproximação. Logo assim que se chega a cidade de salgueiro já tem uma infinidade de empresas que reboques de veículos, já que, o negocio da cidade gera em torno de consertar carros que abalroam nos jumentos.                       Existem pessoas que relatam casos de famílias inteiras quer morreram após baterem e ou se acidentarem nos jegues.  Quando se para o veiculo  por algum motivo ou se diminuem a velocidade, por causa dos animais, corre se serio risco de ser assaltado,  já que, é uma estrada erma e sem uma pessoa viva sequer, como os filmes de faroeste norte americanos. Na verdade, é  um verdadeiro corredor da morte.                                                                                                                                           Não sei se o jegue é colocado na rua pra fazer os viajantes parar ou se estão lá inadvertidamente, porem o efeito é o mesmo, ao parar ou reduzir a velocidade em decorrência do perigo dos animais acontecem os assaltos.                                              Na verdade os animais acabaram virando animais silvestres tais como; onça, leão cobras ou pássaros, que são de todos, mas de ninguém e ao contrario dos chamados animais silvestres, esses não tem a proteção do estado e nem são da população, portanto os animais ficam lá ao Deus dará.                                                   As informações são desencontradas, mas muitos dizem que os animais não possuem donos e foram abandonados por estarem velhos ou sem uso.Um adolescente que passava pelo local e estava acompanhando uma ocorrência de acidente de carro com animais eu a perguntei se podia pegar um daqueles animais pra criar em casa ou etc. e ele respondeu; Oxi, homi se pega um jegue desses para ser cuidado em casa você corre o risco de ser preso.  Todas e quaisquer pessoas que são perguntadas sobre o assunto jegue , são unanimes em dizer que atrapalham ,trazem problemas, não e bom tê-los, mas ninguém toma atitude nenhuma em relação a esse “problema” que em certas situações são ate fonte de renda, pois trazem dinheiro as empresas de reboque e oficinas mecânicas.  Creio que cidade de salgueiro, no ponto de vista comercial lucra e muito.  O que tem de oficinas de pequenos reparos na cidade e na região não esta no gibi e essa renda vem dos acidentes envolvendo carros e jegues.                                                     Pois bem, comecei esse artigo falando da importância do jegue na historia cultural nordestina. Esse animal já foi essencialmente importante para a economia do Nordeste. Já foi usada como transporte, como luxo, como animal de estimação e ate como letra de musica dos repentistas nordestinos e ate o Luiz Gonzaga o rei do baião. Mas hoje com o advento das motocicletas ninguém mais anda de jegue.                                                                                                                                             Na cidade de juazeiro do norte, no Ceara, existem pequenas ruelas e tem 20 motocicletas pra um carro e pude ver que assim como nos anos sessenta antes do fusquinha as grandes cidades tinha muitas lambretas e algumas motos, no Juazeiro estão na era da moto. E com isso o jumento virou historia e retrato na parede. Ninguém sabe mais o que é. As motos andam com duas três e ate quatro pessoas, existem motocicletas pequenas medias e grandes potentes impotentes, barulhentas, silenciosas, enfeitadas e sem enfeites e, ou seja, estamos no nordeste hoje como são Paulo era nos anos sessenta, só moto. Com esse aumento do uso das motocicletas os jegues perderam o valor e como se alimentam de tudo eles são expulsos das casas e são colocados na rua já que de meio de transporte.                                                                                                                                             Quero agora aproveitar o ensejo e sugerir às autoridades a criação de um parque ou fundação de proteção aos jumentos, assim pode se preservar e salvar as vidas nas estradas do Sertão e proteger animais como o jumento, da extinção sendo assim virando alvo de estudos acadêmicos das Universidades Federais do nordeste sendo Pernambuco, ceara e etc.            A intenção é evitar muitos acidentes desde que o cidadão nordestino através de seus representantes iniciem um projeto que visa compra de áreas nas zonas rurais e transfiram esses animais para esse local cuidando e preservando, além de cobrarem visitações, mostrando assim às próximas gerações a importância do jumento para o nordeste e seu povo tenho certeza que com isso reduziremos os acidentes em no mínimo 80% e essas seria uma vitória para todos nós, que temos lutado e por isso estou cobrando as autoridades para que medidas sejam tomadas, visando evitar que pessoas e animais continuem morrendo nas rodovias de nossa região.Pode se também colocar nessa parceria médicos veterinários e fazendo da área, além de protetora das espécies, um local de preservação da raça e de melhoria genética dos animais.O ideal e fazer do Parque um atrativo turístico no futuro também. Desenvolvendo esse trabalho em parceria com o poder público, as universidades, ONGs que podem se interessar pelo projeto que pode colocar o nordeste como um polo de preservação da espécie equina Pois bem, no meu ver é uma iniciativa bastante salutar, porque salva vidas, acima de tudo e é uma iniciativa de grande alcance ambiental. Além de que é projeto é importante por garantir espaço para esses animais ficarem sem correrem riscos. Pois quando se protege o animal, todos ganham,                                                                                                           Precisamos criar um local que poderá ser o centro de treino não só para os estudantes, mas tornar o Parque interessante para receber visitas e se sustentar. Na Europa, Ásia e África as pessoas adoram ver como se tratam os animais. Gostam de ver as pessoas tendo o cuidado com os animais e ai toda a gente ganha, as pessoas e os animais.Faz se urgência em aproveitar essa discussão e realmente fazer algo em favor da população, dos turistas que visitam o nordeste e além dos próprios animais, que estão sendo dizimados.     
























Nenhum comentário:

Postar um comentário