quarta-feira, janeiro 25, 2012

Atos e debates marcam Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

O dado é destacado na passagem do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado no próximo dia 28. Pelo terceiro ano consecutivo, entidades públicas e organizações civis realizam neste mês atos e debates para marcar a data.

Vinte e oito de janeiro foi oficializado como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo como uma forma de homenagear os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados nesta data em 2004, durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG).

Assim como em 2010 e 2011, as atividades estão programadas em vários estados do País, para chamar a atenção sobre o problema e mobilizar por avanços na erradicação do trabalho escravo contemporâneo.

Este ano, a mobilização inclui atividades no Fórum Social, em Porto Alegre (RS), para analisar a relação entre o trabalho escravo e os danos ao meio ambiente. O Fórum Social, neste ano, vai preparar terreno para a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, prevista para junho.

Segundo o Ministério do Trabalho, em 2011, as empresas flagradas como exploradoras da mão de obra escrava foram obrigadas a pagar R$5,4 milhões em rescisões trabalhistas. A fiscalização fez 158 operações de combate à escravidão em 320 estabelecimentos rurais e urbanos.

Desde 1995, 41.451 trabalhadores foram resgatados, o que resultou no pagamento de indenizações em torno de R$67,7 milhões. Além disso, 3.165 estabelecimentos foram inspecionados, com 35.788 autos de infração lavrados

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Após a repercussão negativa e uma série de protestos em rede sociais na internet, inclusive deste professor e nas ruas de Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) decidiu vetar o projeto que concede 61,8% de aumento para os 41 vereadores da capital.

Para evitar desgaste com a população em ano eleitoral, mas se indispor com os parlamentares, a procuradoria da prefeitura conseguiu encontrar uma brecha para vetar tecnicamente o projeto, que faria os salários saltarem de R$ 9.288,05 para R$ 15.031,76. Agora, o texto volta para as mãos dos vereadores, que vão fazer reunião com voto secreto para se posicionar sobre o veto.
O anúncio da decisão do prefeito foi feito hoje, após reunião de Lacerda com representantes da Câmara. Participaram



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os vereadores Tarcísio Caixeta (PT), líder do governo, Cabo Júlio (PMDB), secretário-geral da Mesa, e Alexandre Gomes (PSB), presidente em exercício do parlamento municipal. Após o início dos protestos contra o aumento - aprovado na última reunião ordinária do ano passado -, o presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), aproveitou o recesso parlamentar e viajou para fora do País uma vez que vereador passa as férias é mesmo no exterior
Para vetar o aumento, o argumento apresentado pelo prefeito foi amparado em decisão anterior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que já considerou ilegal a vinculação direta dos salários dos vereadores ao dos vencimentos dos deputados estaduais. No texto aprovado pela Câmara, os vereadores adotavam salário equivalente a 75% do que recebem os parlamentares estaduais, limite máximo previsto pela legislação brasileira. Com isso, qualquer reajuste nos vencimentos dos deputados seria automaticamente repassado aos dos vereadores.
O último protesto contra o aumento havia ocorrido no domingo, quando o músico Gabriel Guedes, cujo pai o decadente cantor Beto Guedes apoiou a candidatura do então governador Antonio Anastasia e o senador Aécio neves ,ambos padrinho políticos do prefeito Marcio Lacerda levou um piano para a Praça do Papa, na região centro-sul da capital, para comandar a manifestação. O anúncio do veto foi comemorado por internautas no Facebook e no Twitter, mas o vereador Iran Barbosa (PMDB) também usou o microblog para lembrar que "depois do veto, vem o maior desafio: manter o veto". "Na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) a votação será secreta. Ou seja: cada um com a sua consciência...", ressaltou o peemedebista, que votou contra o projeto ao lado dos colegas Neusinha Santos e Arnaldo Godoy, ambos do PT.
Outros 22 vereadores presentes à sessão foram favoráveis ao aumento. Um dos que defenderam o reajuste foi Alexandre Gomes. Hoje, a reportagem do jornal o estado de de sao Paulo tentou falar com o parlamentar, mas ele não atendeu as ligações. Ele já havia afirmado ao jornal O Estado de S. Paulo que considerava o reajuste pertinente e que, apesar da pressão popular, o veto de Lacerda ao projeto poderia criar "arestas com os vereadores". O socialista também considerou que as manifestações, principalmente na porta da prefeitura, eram organizadas com cunho político, para desgastar o prefeito e enfraquecer o PSB em ano eleitoral.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Minha opinião sobre o caso do estupro no big broder


O jornalista Datena fez um comentário sobre o BBB e o povo caiu de pau nele ,Mas eu aqui acho que ele ta cem por cento certo quando critica. Eu acho que .. Infelizmente essa porcaria de programa que emburrece o país ,na verdade é uma vitrine pra mostrar a cara HIPÓCRITA de nossa sociedade. Essa porcaria foi driada na Holnada por uma tal de Embemol ou EMBRAMOL mas em todos os paises do mundo onde existiam essa porcaria, hoje nao existe mais. pois o povo civilizado, trabalhador e avesso a fofocas cansou. Nessa vitrine de aviario,onde so se mostra galinha, nao cabe negro. E sempre colocamum ou outro pra dar uma satisfação ao movimento negro organizade, mas sempre que existe uma oportunidade la vam eles pro paredãom as sempre emsituação de dificuldade ou invisbilidade. Nao entendo porque um programa, que tem como regra e clausula nos contratos das participantes tirarem fotos nuas na revista playboy, colocar um negro como estuprador so para ter um motivo de eliminação. Nos outros BBBs da citada emissora, varios participantes transaram a vontade como se fosse uma zona de prostituição regada a bebida alcolica e muita mulher pelada e o povo aplaudia . Mas no caso atual é um negro que transou com uma branquinha do pau oco e talvez com historico de transagem kilometrica, pois eu nunca vi uma virgem participar dessa zona. Por isso a sociedade puniu esse rapaz com um linchamento moral. A cena do suposto estupro consentido,que foi permitida pela direção do programa, deveria ter sido editada ,mas ela por si só ja era um motivo pra tirar essa porcaria do ar. Porem fortes patrocinadores estao por traz desse genocidio cultural. A grana corre tao solta que distruen caddo como se distribussem um pedaço de pão. aquele debilmenstal diz sempre que os participantes do BBB sao herois, pois eu sugiro aos herois dar uma jauda aos flagelados das chuvas. poeque nao aproveitam os patrociunadores que dao carroigual agua?Nem pensar os patrocianadores nao ajudam a qyuem trabalha e e banca a mordomia de uns poucos desocupados que ganham fama e dinheiro pelados nas piscinas e incentivando o sexo com sacanagem e a preguiça.Estou em campanha.... nao compro mais nada de quem patrocina essa baderna. coloquei meu FIAT Siena a venda e juro que nunca mais compro carro da FIAT, FORD ,alem de outros que eu souber que estao patrocinandoo BBB. Se todos fizessem cada um a sua parte, não teria uma so venda desses bandidos que patrocinam essa bandidagem. PARABÉNS DATENA, ESTOU CONTIGO

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra pisa em ovos, pois rabo preso inibe oposição de atacar o Ministro da desintegração, aquele de um país chamado Pernambuco.

Presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE) viu-se numa situação delicada com o aparecimento de denúncias contra o ministro da Integração, Fernando Bezerra.
É que Sérgio Guerra é amigo pessoal do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), padrinho político do ministro da desintegração nacional e que acha que o Brasil é so Pernambuco.
Uma amizade que lhe rendeu inimigos no Estado, como o ultra oposicionista senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
E, agora, essa proximidade com o governador está custando ao presidente dos tucanos a suspeita de que esteja trabalhando, por baixo dos panos, pelo silêncio da oposição em relação às denúncias contra o ministro.
Em entrevista ao Poder Online, Sérgio Guerra nega atuar neste sentido, mas não esconde que está numa situação muito delicada.
Poder Online – Deputado, como o senhor está vendo as denúncias contra o ministro Fernando Bezerra?
Sérgio Guerra – Olha, não gosto de falar muito sobre isso. O ministro é de Pernambuco e estão concentrando muito a discussão nessa coisa do Estado, do Nordeste…
Poder Online – O senhor acha que está havendo um movimento da imprensa do Sul e do Sudeste contra as verbas para o Nordeste?
Sérgio Guerra – Não. Não acho que haja plano nenhum de ninguém contra ninguém. Não dá para transformar isso numa guerra de secessão. Mas, como ficou nessa história, estou evitando entrar…
Poder Online – Mas o senhor acha, afinal, que o ministro é culpado ou inocente?
Sérgio Guerra – Acho que há dois tipos de assuntos nessas denúncias. Um é em relação à liberação de verbas para Pernambuco, denúncias de que ele teria privilegiado o seu Estado de origem. As outras denúncias se referem a coisas pessoais, digamos assim, que teria havido favorecimentos a parentes. O que posso dizer é que essas liberações para Pernambuco, pelo que se viu, são de responsabilidade múltipla dentro do governo. Não foi só o ministro. Têm responsabilidade também seus colegas, a presidente presidentA da República e até governadores de diversos estados e partidos.
Poder Online – E a questão de ele ter deixado o irmão dirigindo a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), de o filho, que é deputado, ter tido liberação privilegiada de emendas?
Sérgio Guerra – Olha, isso aí tem que ser investigado. O homem público tem que esclarecer todo tipo de denúncia que apareça contra ele. Mas não quero entrar muito nessa coisa de família.
Poder Online – O que o senhor achou do depoimento do ministro no Congresso?
Sérgio Guerra – Para ser absolutamente sincero, eu não assisti.
Poder Online – Pois é. Tem essa história de que o senhor, na verdade, tem trabalhado por uma posição mais suave do PSDB em relação ao ministro, exatamente por sua ligação com o governador.
Sérgio Guerra – Olha, eu nunca neguei minha amizade com o Eduardo. Mas não estou trabalhando para suavizar nada. O papel da oposição é cobrar e nós estamos fazendo isso como deve ser feito, como em todos os casos.
Poder Online – Mas, no caso do depoimento no Congresso, a mídia registrou que as críticas foram dirigidas menos ao ministro e mais ao governo, à presidenta Dilma.
Sérgio Guerra – Sim, sim. Mas não foi só no caso do Fernando Bezerra. Também foi assim com as denúncias contra o ex-ministro do Turismo Pedro Novais (PMDB-MA). A culpa principal é do Palácio do Planalto. Não é relevante o Novais, ou o Fernando. É a presidente da República que mantém essa estrutura viciada de distribuição de cargos e benesses. Ela não diz que é a gerentona, que manda em tudo, que sabe de tudo? Então é ela quem tem que responder mesmo.
Fonte IG.com.br

A FUNÇÃO DO DEPUTADO, OU O QUE DEVERIA SER


Todo poder emana do povo. Ao ser eleito pelo voto popular, o deputado assume mandato de quatro anos. Durante esse tempo, participa das sessões plenárias e dos trabalhos das Comissões. Além disso, atende pessoalmente aos eleitores, encaminhando seus pedidos a órgãos governamentais ou apresentando em Plenário assuntos de interesse do segmento social ou da região que o elegeu. Ouve a opinião de grupos organizados que reivindicam a colocação de temas específicos em pauta. Para isso, o deputado costuma receber em seu gabinete trabalhadores, dirigentes sindicais, lideranças de várias comunidades e entidades representativas.
Outra atribuição do deputado é a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado. No exercício do mandato, ele tem livre acesso às repartições públicas. Pode fazer diligências pessoalmente nos órgãos de administração direta ou indireta.
É função do parlamentar apresentar projetos de lei, de decreto legislativo, de resolução, e proposta de emenda à Constituição Estadual e avaliar aqueles encaminhados por outros deputados, pelo governador, Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e pelos cidadãos.
O deputado emite pareceres nas diversas comissões técnicas, sobre os projetos e demais assuntos acerca dos quais o Poder Legislativo deve manifestar-se. Pode também propor a instituição de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Perderá o mandato o deputado que, entre outros motivos, deixar de comparecer à terça parte das sessões ordinárias, exceto quando em licença ou missão autorizada pela Assembleia Legislativa. Também será afastado aquele que faltar com o decoro parlamentar, abusar das funções asseguradas ao deputado ou receber vantagens indevidas.
Para saber mais detalhes, veja, na íntegra, as atribuições do Poder Legislativo na Constituição

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Alem das Oliveiras existe a histórica sustentabilidade dos Palestinos , os eternos explorados por Srael




por Eva Bartlett, da IPS

Gaza, Palestina, 10/1/2012 – “Em tempos difíceis sobrevivemos graças ao óleo de oliva. Durante a última guerra, muitos que não podiam abandonar suas casas tinham apenas este produto e pão para se manter por longos períodos”, disse Ahmed Sourani, do Comitê Palestino de Alívio Agrícola. Inclusive durante a primeira Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense), as oliveiras e seu óleo foram vitais.

“Permitiram a sobrevivência de muitos milhares de famílias palestinas bastante pobres. Quando o exército israelense nos impõe toques de recolher, é nossa principal fonte de alimento. A maioria dos estudantes leva como lanche para a escola sanduíche de az’atar (serpol, uma variedade de tomilho) e de óleo de oliva”, contou Sourani. Esta fonte de alimento foi o alvo de Israel durante anos. Em novembro de 2008, a organização internacional Oxfam informou que, desde 2000, haviam sido destruídas 112 mil oliveiras na Faixa de Gaza.

“Segundo as autoridades israelenses, a zona de exclusão que proíbe os palestinos de estarem em sua terra, fica a 300 metros da fronteira da Linha Verde entre Gaza e Israel. Na realidade, se estende muito mais além de 600 metros, incluindo 30% das terras agrícolas de Gaza”, denunciou Sourani. A Organização das Nações Unidas (ONU) cita áreas de até dois quilômetros dentro das fronteiras de Gaza que ficaram inacessíveis devido à política de balas, bombardeios e invasões de Israel.

Segundo o Comitê Palestino de Alívio Agrícola, mais de 42% dos 175 quilômetros quadrados de terra cultivável da Faixa de Gaza foram destruídos durante as invasões e ocupações israelenses. A Organização Mundial da Saúde informa que, só a última guerra de Israel contra Gaza, destruiu até 60% da indústria agrícola. Apesar da campanha sistemática de destruição de oliveiras, Sourani informou que “algumas áreas de Gaza ainda têm algumas que são centenárias”. Isto ocorre principalmente nos bairros de Zaytoun, Sheyjayee e Tuffah. De todo modo, estas árvores antigas são em quantidade ínfima, e a média de idade das oliveiras é de aproximadamente cinco anos, explicou Sourani.

Como as terras aráveis de Gaza estão cada vez mais desertas, o Ministério da Agricultura da Faixa de Gaza planeja uma resistência não violenta à destruição deste setor por parte de Israel. Ahmad Fatayar, funcionário do Ministério, disse que, com o passar dos anos, inclusive durante e depois da ocupação da Faixa, políticas e incentivos econômicos influenciados pelo Estado judeu foram criados para obrigar os agricultores palestinos a deixar de cultivar árvores em suas terras, para passar a trabalhar em estufas ou como operários em Israel.

Depois que os tratores israelenses arrasaram essas terras, para os palestinos ficou difícil, quando não impossível, cultivar suas oliveiras. “Criamos um bosque para cultivar um milhão de oliveiras em toda a Faixa de Gaza, particularmente na zona de exclusão, que foi amplamente destruída”, disse Fatayar. Ele também listou inúmeros benefícios e usos das oliveiras. “Podem ser cultivadas na rua, nos pátios das escolas e em frente das casas, e suportam períodos muito longos de seca e água salgada, podem ser armazenadas durante longos períodos e usadas em várias indústrias, como de alimentos, farmacêutica, forragem, carvão e compostagem (adubo orgânico)”, detalhou Fatayar. Para uma família palestina média, de oito membros, “duas ou três oliveiras bastam para fornecer o aceite e as azeitonas necessárias para o consumo anual”, acrescentou.

Segundo Sourani, além de seus aspectos nutritivos e econômicos práticos, as oliveiras são importantes por muitos outros motivos. “Os palestinos também as consideram um símbolo da terra, da independência, da paz e da dignidade”, ressaltou. “Usamos o azeite de oliva para tudo, inclusive para o cabelo. Quando estamos doentes, esfregamos o corpo com ele. Também é usado com cosmético: o empregamos para fazer ‘khol’, uma versão não tóxica do delineador de olhos. As folhas das oliveiras são medicinais e podem ser utilizadas na indústria farmacêutica, e também para fazer chá para tratar diabetes e dor de estômago”, explicou Sourani.

Para satisfazer as necessidades da desproporcionada quantidade de palestinos que vive na Faixa de Gaza (1,6 milhão em 365 quilômetros quadrados), boa parte da demanda de azeitonas e azeite de Gaza era atendida por agricultores da ocupada Cisjordânia. Um informe de 2010 da Oxfam afirma que “o bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza afetou consideravelmente a importação de azeitonas e de óleo de oliva da Cisjordânia”.

A organização também aponta um aumento nas importações de “azeite cujo preço baixou porque chegou a data de seu vencimento. Agora, obtemos somente uma pequena quantidade da Cisjordânia. O restante vem da Síria, Líbano, Egito e Espanha. Porém, continuamos preferindo o azeite de oliva da Palestina: o Surri, que data da era romana”, esclareceu Sourani.

O plano de autossuficiência do Ministério da Agricultura também inclui o cultivo de tamareiras. Como as oliveiras, as tamareiras são de especial importância histórica, nutricional, econômica e cultural para os palestinos. “São uma importante fonte de nutrição, muito produtivas e não custa muito cultivá-las”, afirmou Fatayar. O funcionário observou que “as tamareiras podem ser cultivadas em apenas um ou dois metros quadrados. Uma só destas palmeiras pode produzir até 200 quilos de tâmaras.

“Em cerca de sete anos, uma planta jovem gera uma palmeira com frutos e outras dez mudas, que sete anos depois darão dez palmeiras produtivas e cem mudas mais”, ressaltou Fatayar. Segundo estimativas do Ministério, até 2020 haverá cerca de três milhões de árvores jovens, muitas das quais darão seus frutos. Os benefícios de uma tamareira incluem alimentos (melaços, doces e óleo), produtos têxteis (mobiliário e vestimenta) e agrícolas (forragem para os animais) e papel. Envolverde/IPS

domingo, janeiro 01, 2012

Chuvas em BH - Moradores do prédio no Buritis querem saber de quem foi a culpa? Moradores cobram mais agilidade na definição das responsabilidades pelas falhas estruturais no imóvel e criticam condução do processo

Ano novo para muitos é sinal de vida nova. E o principal objetivo das pessoas que moravam no edifício Vale dos Buritis, condenado pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), é começar 2012 com novos planos. Mas para isso, eles dependem de uma decisão judicial que vai apontar o responsável pelo colapso na estrutura do prédio, que obrigou cinco famílias a abandonarem seus apartamentos.

A última medida do Judiciário no processo movido pelos moradores contra a empresa que fez a obra, a Estrutura Engenharia, foi ouvir os autores da ação. A Justiça quer saber qual a posição dos moradores a respeito da recomendação dos Bombeiros e da Defesa Civil para demolir o prédio imediatamente. Porém, os donos dos apartamentos estão insatisfeitos com os rumos do processo.

“Nossa ação contra a Estrutura Engenharia busca uma indenização para os donos dos seis apartamentos do prédio. Aquele imóvel já não representa nada para nós. Quem vai querer morar ali de novo ou comprar um apartamento no edifício? A decisão da demolição deve partir de quem tem conhecimento técnico para tal. Não somos nós que vamos falar alguma coisa depois que o prédio chegou ao ponto em que está”, diz o representante dos moradores do Vale dos Buritis, Eduardo Bianchini.

Ainda segundo Eduardo, a Justiça mineira tem se mostrado pouco eficiente na condução do processo e isso tem aberto brechas para a Estrutura Engenharia se beneficiar no caso. “O juiz de plantão pediu para os moradores se manifestarem sobre a decisão. O correto seria ele intimar a empresa a apresentar os documentos que estão faltando para o perito judicial finalizar logo a perícia. A construtora já perdeu vários prazos estipulados pelo juiz titular e nada aconteceu. Todos querem ver o laudo judicial, mas o perito já deixou claro que para isso ele precisa de documentos que ainda não foram apresentados”, conta.

O advogado da Estrutura Engenharia, Eduardo Cordeiro, reconhece que quando ele assumiu o caso a construtora não tinha fornecido todos os documentos, mas ele providenciou boa parte da papelada que estava faltando. Segundo o defensor, o perito judicial reconheceu que ainda faltam alguns documentos, mas que é possível continuar os trabalhos com a documentação disponível no processo. “A empresa tem tanto interesse em ver o laudo pronto que eu fui até o juiz de plantão e 15 de dezembro e pedi para continuar a perícia. O magistrado despachou no dia 20 dando prosseguimento aos trabalhos”, afirma o advogado.

ACUSAÇÕES

Ainda de acordo com Eduardo Cordeiro, o parecer técnico recente produzido por uma empresa a pedido da Estrutura Engenharia e da Podium Engenharia, responsável pelos outros dois edifícios interditados na Rua Laura Soares Carneiro, serviu para que ele fizesse novos questionamentos ao perito judicial. O documento mostra que a culpa pelo agravamento da situação dos prédios no Buritis é da ausência de uma rede de drenagem pluvial, de responsabilidade da prefeitura, na rua dos edifícios.
A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) rebate e diz que produziu um laudo mostrando que a ausência da drenagem profunda na rua não contribuiu em nada para abalar a estrutura dos prédios. Ainda segundo a Sudecap, “foi possível verificar que as águas pluviais são conduzidas corretamente para o lado interno da curva da via, no lado oposto ao passeio dos prédios afetados”.
A reportagem do EM não conseguiu contato com a advogada que representa os moradores, Karen Castro, mas em entrevista quando saiu o parecer contratado pelas empresas ela se manifestou dizendo que o documento não provada nada. “Qualquer contrato pode ser parcial, o que nos interessa é o laudo que está sendo programado pela Justiça. A Estrutura Engenharia já produziu inúmeros documentos tentando se eximir da responsabilidade, mas quem vai dizer de quem é a culpa é a Justiça”, disse a advogada.

Em estado de alerta


Landercy Hemerson

Hoje e amanhã está mantido o alerta da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec) para a possibilidade de chuva forte no estado. Na capital, as equipes da Defesa Civil, que desde a sexta-feira estão de plantão, vão permanecer atentas. Ontem, o coordenador do órgão, coronel Alexandre Lucas Alves, informou que previsão era de precipitação de até 60 milímetros, por um período de 48 horas. Já o 5º Distrito de Meteorologia alertou para possibilidade de pancadas isoladas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Sul e Noroeste do estado, além do Triângulo Mineiro.
De acordo com boletim de ontem do Cedec, uma frente fria estacionada sobre Minas até quarta-feira pode causar as chuvas de forte intensidade, com volume estimado entre 150 e 200 milímetros. Ainda segundo o boletim, hoje a tendência é de muita chuva em todas as regiões mineiras, devido à formação de uma área de baixa pressão próxima ao litoral do Rio de Janeiro.
A Defesa Civil estadual recomenda que as pessoas devem evitar as áreas de risco de alagamentos e deslizamentos de encostas, durante os temporais. Motoristas e pedestres não devem transitar em áreas alagadas. Os moradores de imóveis próximos a encostas devem observar sinais de encharcamento e movimentação do solo e, em caso de irregularidades, abandone suas casas. A Cedec chama a atenção para ações preventivas, não deixando lixo ou materiais em vias públicas que possam ser arrastados pelas enxurradas, causando o entupimento das galerias para o escoamento de águas pluviais

DESAPARECIDA

Equipes do Corpo de Bombeiros devem retomar hoje as buscas por Rita Vieira de Souza, de 74 anos, desaparecida desde o fim da tarde da sexta-feira, durante o temporal que atingiu Santo Antônio do Rio Abaixo, na Região Central, a 190 quilômetros da capital. Rita morava às margens do Córrego dos Bambus, quando foi surpreendida pela rápida elevação do nível d’água, que atingiu sua casa e arrastou a mulher.
Desde o começo do período chuvoso, em setembro, já são três os mortos em consequência dos temporais, sendo um motociclista em BH, um homem em Reduto, Zona da Mata, e uma mulher em Governador Valadares, Vale do Rio Doce. De acordo com a Cedec, 2,1 milhões de pessoas foram afetados pelas chuvas, sendo que 9.365 foram desalojadas e 404 desabrigadas. Até ontem, 2.420 casas foram danificadas e 84 completamente destruídas. Prefeitos de 44 cidades decretaram estado de emergência, incluindo a capital.