domingo, dezembro 15, 2013

LOBO CUIDANDO DE OVELHAS - ABUSO DE MENOR POR CONSELHEIRO TUTELAR NA CIDADE DE CARMESIA

DIVULGAÇÃO / POLÍCIA MILI.TAR

Caso veio à tona após o pai da criança descobrir uma carta de amor escrita pelo suspeito; o homem era amigo da família e frequentava a mesma igreja que a vítima
Suspeito era amigo da família e frequentava a mesma igreja que os pais da vítima
Conselheiro deixava claro na carta que iria se matar, mas continua trabalhando normalmente

    PUBLICADO EM 03/12/13 - 20h19
    JULIANA BAETA / CAMILA KIFER
    Um conselheiro tutelar de Carmésia, no Vale do Rio Doce, acusado de estuprar uma criança de 12 anos, continua solto mesmo após ser denunciado na delegacia da cidade. Segundo o pai da vítima e um policial militar que fez a denúncia, ele continua trabalhando como conselheiro tutelar.
    O caso foi levado à Polícia Civil na sexta-feira (27), após o sargento Alexandre Dutra, lotado no 33º Batalhão de Polícia Militar, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, ficar sabendo do caso. Ele teve acesso a uma carta escrita pelo conselheiro, Leandro Souza, que tem na faixa de 30 anos, para a criança.
    "Na carta ele dizia que amava o menino, contava como foi o primeiro encontro, o primeiro beijo, e falando ainda que iria cometer suicídio", disse o policial, que informou que assim que ficou sabendo do caso foi para Carmésia por conta própria denunciar o homem. "O que me deixou agoniado foi que ele trabalha com crianças, imagina o que ele já não deve ter feito?", disse.
    O pai da criança, que não será identificado, contou que ficou perplexo ao ler a carta. O menino esteve na casa do conselheiro na quinta-feira (26), e precisou ser internado no hospital de pronto-socorro da cidade, porque o homem deu chocolate com chumbinho pra ele. Após começar a passar mal, Leandro deu um copo de água para a criança, com mais chumbinho, e disse que era pó de café, porque assim ele iria melhorar.
    Após o crime, o próprio suspeito tomou o líquido na tentativa de se matar, e também foi parar no hospital. Eles foram liberados no dia seguinte após uma passagem pelo Centro de Tratamento Intensivo (CTI).
    O pai da vítima explica a revolta sentida quando descobriu o crime. “É uma situação constrangedora. Uma indignação muito grande. Se eu pudesse fazer justiça com minhas próprias mãos eu faria, mas não posso. Então, vou esperar pela justiça”, declara.
    O suspeito era amigo da família e as crianças sempre frequentaram a residência dele. O pai da criança ainda explicou, que o suspeito frequentava a mesma igreja que a família, por isso os filhos sempre estavam na casa dele. “Por ele trabalhar no conselho e frequentava a igreja nós nunca desconfiamos dele”, declara.
    Nesta quinta-feira (5) a criança de 12 anos irá passar por um exame da constatação do abuso, no Instituto Médico Legal de Itabira.
    O delegado que recebeu a denúncia, na delegacia de Itabira, que atende a região de Carmésia, e teve acesso à carta escrita pelo conselheiro, não foi encontrado pela reportagem nesta terça-feira (3)
    .

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário