quinta-feira, novembro 01, 2012

Aviolencia urbana e a culpabilidade pos pobres e negros

Desde que passamos a conviver e a ser vítimas da falta de segurança em que nos encontramos muito se tem discutido de como resolver o problema.


Alguns melhores aquinhoados financeiramente têm buscado investir em sistemas de vigilância eletrônica dos mais modernos, em segurança pessoal armada, blindar o carro ou portas e janelas de casa com vidros a prova de bala, etc.

Os menos bafejados financeiramente tem buscado se proteger, vivendo como presidiário, residindo em casas com muros cercados por telas elétricas e com portas e janelas fechadas com grades.

Quanto aos cidadãos comuns, trabalhadores e donas de casa, jovens e idosos, moradores das periferias da cidade, estes vivem em uma situação que diria vexatória, quase sem solução, pois são assaltados nos ônibus, nas ruas, nos bairros, todos esperando contar com a proteção Divina.

Isto tudo sem falar nas drogas, que está se transformando em uma guerra, e quem tem saído derrotado é o povo.

Vivemos em comunidades, que em lugar de se transformarem em redutos de convívio familiar, hoje os moradores viraram reféns do uso desenfreado de bebidas e de drogas pesadas atingindo em cheio principalmente os jovens, que por falta de espaços e áreas de lazer e sem perspectiva de progresso social e econômico, tem buscado neste caminho a fuga da falta de ideais.

E o que é pior. A fim de demonstrar serviço para sociedade, a nossa polícia, que deveria ser responsável pela segurança e pela legalidade dos atos, tem efetuado ações ilegais e até inconstitucionais, fazendo com que a justiça não acate muitas dessas ações, contribuindo para que a sociedade passe a acreditar e ter a sensação de impunidade, alimentado por ditos populares como “o crime compensa” ou “não adianta prender que o bandido sempre acaba solto”ou entao vão as favelas e periferia e prendem negros  e pobres indiscriminadamente  colocando neles as culpas das irresponsabilidades do estado e desacrewditando os orgaos de defesa dos Direitos Humanos.

Mas enfim, por que isto está acontecendo? Será por culpa do nosso modelo educacional público falido? O problema está na deformação moral nas famílias? Na grande concentração de renda que impera em nosso País, que tem impedido uma distribuição mais igual das condições de vida à população? Estará na falta de oportunidades para os jovens?

Afinal, onde residirá o problema da violência, que alcançou um estágio altíssimo, onde o número de mortes se contabilizados ultrapassam muitas guerras?

E o que é pior, a cada dia tem atingido mais a nossa juventude. Eles estão morrendo absurdamente. Existirá solução?

É chegada a hora de sairmos do muro das lamentações e partirmos para ações práticas e buscas de soluções que amenizem a situação.

Devemos buscar respostas concretas e duradouras de enfrentamento da violência, já que está comprovado que só a polícia não está sendo capaz de contê-la.

Devemos nos conscientizar que não se faz defesa social apenas com polícia na rua, apesar de necessário e que se faça presente até ostensivamente.

Temos que ter consciência que, o contingente policial em todos os Estados deste País além de reduzido demonstra não estarem preparados para enfrentar os novos modelos de violência que a cada dia se inova. Além de serem mal remunerados, muitos tendo inclusive de conviver parede e meia com marginais, não estão devidamente treinados.

Deveríamos sim, iniciar uma campanha de construção de uma sociedade do diálogo. tolerância e cidadania, se desejamos realmente diminuir a violência.

Que a sociedade pressione os governos para que as escolas funcionem a contento, os postos de saúde e hospitais públicos ofereçam um atendimento que não humilhe quem deles necessitam, a iluminação pública seja de qualidade, o transporte coletivo seja acessível a todos e com conforto.

Enfim, que os serviços públicos e essenciais funcionem bem e voltadas para o atendimento da comunidade.

Enquanto os serviços públicos estão capengando, os nossos jovens estão por aí perambulando, sem atividades, sem nenhuma diversão ou atividade educativa, vivendo na ociosidade.

As escolas continuam fechadas nos finais de semana quando deveriam ser transformadas em equipamentos sociais, para uso da coletividade.

Isto acontecendo, estaríamos oferecendo condições e atividades, principalmente nos bairros populares e nas periferias, melhorando o convívio social e a relação interpessoal nas comunidades.

Sem diversão, ociosos e sem ter o que fazer os nossos jovens, principalmente, passam a ser presas fáceis da delinqüência e da criminalidade.

O Brasil possui leis suficientes capazes de levar o País a excelente patamar de desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida das pessoas, desde que essas leis sejam efetivamente aplicadas para todos.

Porém, vivemos em uma nação, onde tudo ou quase tudo é resolvido na base dos acertos às escondidas ou da influência política ou econômica. Se tiver alguma "influência", tudo se resolve e os objetivos são facilmente alcançados, tais como: cargos públicos, saúde de qualidade, ajuda da polícia, cobertura do judiciário, e por aí vai...

Este é o País em que vivemos. E este é um dos fatores geradores de violência.

Devemos pressionar o Congresso Nacional para que tomem medidas reais e eficazes para o combate e resolver o problema da violência, já que todos sabem que os nossos Congressistas só funcionam na base de muita pressão, do clamor público.

Tem que acabar este cancro da progressão da pena, onde o criminoso sabe que por maior que seja apenado, só cumprirá no máximo 08 anos. Basta aparentar um ótimo comportamento.

Ora, não queria ser punido, que tivesse um bom comportamento quando estava convivendo em sociedade. Isto tem gerado um estímulo à violência.

Devemos sim, aumentar o tempo máximo da pena e julgar os culpados com mais rigor, independente da classe social, pois ao que se sabe, a Lei foi feita para todos, coisa que não parece em nosso País. Faça-se um levantamento das pessoas que estão nos presídios ou que foram julgadas. Veremos que só tem pobres, pretos e ladrões de galinhas. As elites são minoria e só estão lá talvez pela comoção do crime cometido.

É fundamental resolver os problemas relacionados com as questões da educação pública, enfrentando de frente, acabando com os discursos demagógicos e colocando em prática de fato e não com enganações, onde os professores fingem que ensinam e os alunos que aprendem.

Só quem perde com isso é a nação e a população pobre deste País, que terá uma massa fácil de ser manipulada e sem perspectiva de um futuro melhor.

É esta educação oferecida, que hoje colhemos o apagão de mão de obra em diversos setores da economia e pagamos caro pelo alto índice de violência que reina.

Acorda Brasil.

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