quinta-feira, março 24, 2011

Ao lançar campanha contra câncer, Dilma Rousseff diz que todas as brasileiras devem ter mesma condição que ela para vencer a doença

Em 2009, Dilma Rousseff se submeteu a um tratamento de câncer no sistema linfático no Hospital Sírio-Libanês, referência em São Paulo. Agora, no comando do país, ela quer que todas as brasileiras tenham acesso às mesmas oportunidades que ela teve. "Sou beneficiária de uma prevenção. Eu tive um câncer, o câncer foi detectado no princípio e eu tive um processo de cura."

Em Manaus (AM), ao lado de atrizes e atletas, a presidenta Dilma Rousseff lançou um programa de prevenção e tratamento de câncer de colo de útero e de mama que prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões, até 2014, nas áreas de controle, ampliação e fortalecimento da rede oncológica e informação à população. A presidenta garantiu a criação de mais 59 centros de confirmações diagnósticas.


Críticas à gestão de Saúde

Dilma afirmou que, dos quatro mil mamógrafos do país, grande parte está quebrada ou subutilizada e que os aparelhos foram mal distribuídos pelo país. Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que os equipamentos das redes públicas de saúde têm baixa produtividade.

"Dos quatro mil mamógrafos, dois mil estão na rede pública. Temos que entender por que esses mamógrafos não estão dando conta do serviço. Mas acho que são três os problemas. Primeiro, porque podem estar concentrados mais numa região do que na outra, e aqui no Amazonas pode ser um caso. No segundo, estão quebrados. E, no terceiro caso, estão senso subutilizados", apontou a presidenta.

Força-tarefa

O governo decidiu criar uma força-tarefa envolvendo Ministério da Saúde, estados e municípios para coordenar e supervisionar o trabalho de vistoria dos mamógrafos em todo o país.

Em coletiva à imprensa, Padilha chegou a garantir que os equipamentos estarão disponíveis também para comunidades ribeirinhas, que enfrentam dificuldade de acesso ao sistema público de saúde. "Teremos mamógrafos até em barcos", assegurou.

A Região Norte do país apresenta maior volume de incidência de câncer de colo de útero, sendo o Pará o primeiro do ranking, seguido pelo Amazonas. "O risco de morte por câncer do colo do útero na Região Norte é duas vezes e meia maior que no restante do país", alertou Padilha.

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