domingo, maio 20, 2012

A EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA, UM MOTIVO DE REFLEXÃO

No princípio buscamos respostas. Moramos no ilusório. Fazemos o que a sociedade diz que devemos fazer ou pelo contrário nos rebelamos e fazemos o oposto. Criamos famílias e construímos empresas, entretanto, não importa o que conseguimos no externo, ainda sentimos que nos falta algo. Para alguns, esta inconformidade se apresenta como um grito ensurdecedor, para outros, como um mal estar subjacente, mas a sensação é a mesma: deve haver algo mais. O coração está sedento de algo mais. A princípio tentamos mudar o externo. Alguns se transformam fisicamente, outros buscam mudanças políticas, na sociedade ou na família. Quando algo nos faz sentir incômodos - seja um mendigo na rua, o vizinho chato ou um ex-amante - fazemos vista grossa ou o eliminamos de nossa vida. Se temos uma discussão ou não gostamos de algo, o que fazemos? Nos separamos daquilo que nos incomoda. Continuamos nos separando uma e outra vez até que em algum momento percebemos que estamos repetindo os mesmos padrões. A razão é que todo o externo é um aspecto de nós mesmos. Finalmente percebemos que temos que provar algo diferente. Imagine que você é um projetor brilhando de luz sobre uma parede branca. Agora imagine que um slide mostra uma ranhura, com uma imagem de conflito. Chateado, você dá as costas para evitar a imagem, entretanto a mesma imagem continua aparecendo em nova superfície. Você quebra a parede mas a imagem continua aparecendo na parede de trás. Foge mas leva a imagem com você e é refletida novamente aonde quer que você vá. Assim de inútil são nossas tentativas de mudar o mundo: nunca estamos satisfeitos até que vamos para dentro e mudamos o slide. Como mencionei antes, aos vinte e oito anos perdi tudo. Quando aconteceu, pensei que era o pior da minha vida, mas na realidade foi o melhor. Foi o melhor presente que poderia ter recebido, já que me levou a encontrar a mim mesma. Tinha que encontrar algo mais seguro e este algo era o amor incondicional. Quando começamos a curar, encontramos este lugar. Este lugar tranquilo e doce onde sentimos alegria, é também a fonte de nossa sabedoria interna. Sabe a verdade e fala desde a onisciência. Quando começamos a conectar com este lugar, este espaço de unidade, descobrimos nossa verdadeira essência. Isto é o que anseia o coração. Hoje em dia a vida se move em um ritmo cada vez maior. Da mesma forma que vai acelerando nossa capacidade de comunicar e consumir, o mesmo ocorre com a busca coletiva da humanidade. A avalanche de divertimento, publicidade e distração está chegando tão rápido e furiosamente que temos que soltar as expectativas de encontrar consolo aí. Temos que ir para dentro para encontrar o que realmente estamos buscando: a experiência de amor-consciência, a energia ilimitada que nos conecta com a totalidade. Temos que começar a nos converter em criadores e assumir a responsabilidade total de nossas vidas em lugar de culpar sempre o exterior. A forma de fazer isto é curar e voltar à nossa verdadeira natureza, que é o vazio, vibrando em amor. A abundância vibrando em amor. A transformação futura não é importante, o importante é o que estamos escolhendo neste momento. Se pergunte: Estou escolhendo o amor? Estou escolhendo ser responsável? Estou escolhendo mudar a minha vida? Estou colocando o amor incondicional em primeiro lugar e confiando? Quando vejo a insegurança externa, estou cultivando a segurança interna? Estou evoluindo ou estou me isolando em mais medo? Ao ir para dentro começará a encontrar as respostas, suas respostas. Não as minhas respostas - estas não são importantes. Isto não é um sistema de crenças, mas se trata de encontrar o guru dentro de você e assumir a responsabilidade. Sempre queremos que alguém nos conserte, mas não podem. Não somos como um carro que mandamos ao mecânico. Temos que ir profundo e isto é o maravilhoso da exploração de si mesmo: é a coisa mais excitante - a única terra que está por descobrir. Quando começar a descobrir a si mesmo ficará assombrado com o incrível que você é, o corajoso que foi e as escolhas que fez.

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