Presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE) viu-se numa situação delicada com o aparecimento de denúncias contra o ministro da Integração, Fernando Bezerra.
É que Sérgio Guerra é amigo pessoal do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), padrinho político do ministro da desintegração nacional e que acha que o Brasil é so Pernambuco.
Uma amizade que lhe rendeu inimigos no Estado, como o ultra oposicionista senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
E, agora, essa proximidade com o governador está custando ao presidente dos tucanos a suspeita de que esteja trabalhando, por baixo dos panos, pelo silêncio da oposição em relação às denúncias contra o ministro.
Em entrevista ao Poder Online, Sérgio Guerra nega atuar neste sentido, mas não esconde que está numa situação muito delicada.
Poder Online – Deputado, como o senhor está vendo as denúncias contra o ministro Fernando Bezerra?
Sérgio Guerra – Olha, não gosto de falar muito sobre isso. O ministro é de Pernambuco e estão concentrando muito a discussão nessa coisa do Estado, do Nordeste…
Poder Online – O senhor acha que está havendo um movimento da imprensa do Sul e do Sudeste contra as verbas para o Nordeste?
Sérgio Guerra – Não. Não acho que haja plano nenhum de ninguém contra ninguém. Não dá para transformar isso numa guerra de secessão. Mas, como ficou nessa história, estou evitando entrar…
Poder Online – Mas o senhor acha, afinal, que o ministro é culpado ou inocente?
Sérgio Guerra – Acho que há dois tipos de assuntos nessas denúncias. Um é em relação à liberação de verbas para Pernambuco, denúncias de que ele teria privilegiado o seu Estado de origem. As outras denúncias se referem a coisas pessoais, digamos assim, que teria havido favorecimentos a parentes. O que posso dizer é que essas liberações para Pernambuco, pelo que se viu, são de responsabilidade múltipla dentro do governo. Não foi só o ministro. Têm responsabilidade também seus colegas, a presidente presidentA da República e até governadores de diversos estados e partidos.
Poder Online – E a questão de ele ter deixado o irmão dirigindo a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), de o filho, que é deputado, ter tido liberação privilegiada de emendas?
Sérgio Guerra – Olha, isso aí tem que ser investigado. O homem público tem que esclarecer todo tipo de denúncia que apareça contra ele. Mas não quero entrar muito nessa coisa de família.
Poder Online – O que o senhor achou do depoimento do ministro no Congresso?
Sérgio Guerra – Para ser absolutamente sincero, eu não assisti.
Poder Online – Pois é. Tem essa história de que o senhor, na verdade, tem trabalhado por uma posição mais suave do PSDB em relação ao ministro, exatamente por sua ligação com o governador.
Sérgio Guerra – Olha, eu nunca neguei minha amizade com o Eduardo. Mas não estou trabalhando para suavizar nada. O papel da oposição é cobrar e nós estamos fazendo isso como deve ser feito, como em todos os casos.
Poder Online – Mas, no caso do depoimento no Congresso, a mídia registrou que as críticas foram dirigidas menos ao ministro e mais ao governo, à presidenta Dilma.
Sérgio Guerra – Sim, sim. Mas não foi só no caso do Fernando Bezerra. Também foi assim com as denúncias contra o ex-ministro do Turismo Pedro Novais (PMDB-MA). A culpa principal é do Palácio do Planalto. Não é relevante o Novais, ou o Fernando. É a presidente da República que mantém essa estrutura viciada de distribuição de cargos e benesses. Ela não diz que é a gerentona, que manda em tudo, que sabe de tudo? Então é ela quem tem que responder mesmo.
Fonte IG.com.br
Prof. Paulo Jorge dos Santos.Jorn., Grafólogo,Prof. e Ambientalista, Pós Graduado em Adm.Legisl.P.UNISUL, Membro do Col. Est. e Nac.de meio Ambiente do PT, F. Mineiro de Agenda 21, Membro da Coord.Est.de Comb.ao Racismo do PTMG, Coord. Reg. Met.de Comb.ao Racismo da RMBH do PTMG. Membro dos Comitês de Bacias dos Rios Pará e São Francisco. Palestrante Em Faculdades e Órgãos Públicos Com Ações e Consultorias Em Dir. Humanos Étnicos e Ambientais.
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