domingo, julho 08, 2012

PSDB convoca PV para atuar na TURMA DO LACERDA – Délio e Marcio, a mentira os une!

“Como eu ia apoiar o Marcio com o PT? Quem estiver contra o PT, conte comigo” Délio Malheiros, candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa de Marcio Lacerda (PSB) Por que você desistiu de sua candidatura? Logo que o Marcio ganhou, eu falei com ele: “Marcio, você é um homem de bem e eu queria te dar uma simples contribuição: cuidado com a máquina do PT dentro da prefeitura. É a máquina mais perversa que você vai conhecer”. Vim acompanhando o governo do Marcio e vi que ele era refém do PT. Até sábado (30), quando o PT ainda estava lá, ninguém nunca ouviu eu falar o nome do Marcio Lacerda sobre qualquer coisa. O que a prefeitura estava fazendo em relação a várias coisas, à Feira Hippie, aos táxis, ao Mercado do Cruzeiro, à venda de terrenos, à verticalização da Pampulha, tudo tinha a mão do PT. Como é que eu ia apoiar o Marcio com o PT? Quando o PT saiu do governo e eu vi que polarizou, que teríamos um teto de votação e que eu teria que decidir lá na frente, eu pensei: “esta eleição está com cara da polarização do PT contra o Aécio”. E quem estiver conta o PT, conte comigo. Você acha que boa parte do seu eleitorado está decepcionada com a sua decisão? Neste momento, eu acredito que muitos dos meus eleitores ainda não entenderam o processo. Mas isso é questão de dias. O meu eleitor vai compreender e ver que a minha responsabilidade é com Belo Horizonte. Eu não morro de amores pelo Marcio, ainda não cicatrizou essa história de 2008, de ele se juntar ao PT. Vai cicatrizar com o tempo. Eu espero que, agora, os problemas de que ele foi acusado e que eu apontei possam ser resolvidos. No sábado, quem traiu quem? O PSB traiu o PT ou o PT traiu Lacerda? Eu não vou dizer que foi traição. Só digo que aliança com o PT você tem que estar preparado, porque só olham o umbigo deles. Eu fui um crítico ferrenho à coligação com o PT porque eu não confiava naquilo. E o PT diz agora que só saiu por causa da coligação proporcional. Ora, aquilo foi claramente um pretexto. Mas, mais dia menos dia, esse casamento ia parar na delegacia, e parou. Como mostrar para o seu eleitor que você não traiu seu discurso nas críticas que fazia à prefeitura e o seu projeto pessoal de ser prefeito? Eu vi que Belo Horizonte corria risco, após a polarização, com a volta do PT. Eu levaria a eleição para o segundo turno, mas não estaria na disputa e, lá na frente, eu teria que optar. E se viessem interferências de Brasília? A gente ia ser forçado a apoiar o candidato do PT? Não, a hora é agora, com todos os riscos. E os meus eleitores frustrados, eles vão compreender. Quando o senador Aécio Neves chamou o senhor para conversar, qual foi o discurso dele para te convencer? Eu conversei com ele por telefone. Eu conversei com o governador Anastasia, conversei com Andrea (Neves), com Danilo (de Castro) e com todo o pessoal do PV. Quando fui conversar com ele, ele não me pediu para desistir. Perguntou como eu via o processo em Belo Horizonte. Eu disse: “com muita preocupação, porque estamos correndo risco de o PT voltar para a prefeitura, mas estou satisfeito pelo PT ter saído do governo do Marcio”. O senador teve um papel decisivo na sua decisão? Não. Eu fiquei por duas horas pensando o que eu ia fazer e no que era o melhor para Belo Horizonte. Como foi essa reunião na Cidade Administrativa? Eu não imaginava que viria um convite a mim para assumir a vice do Marcio. Evidentemente que eles perceberam que eu gostei, não do ponto de vista eleitoral. Para mim foi péssimo, para o PV foi péssimo. Como o PT se agrupou, o próprio governo sabia que eu tinha uma posição contrária à união do Marcio com o PT desde 2008. Então, o governo conversou, não me pressionou hora nenhuma, nem pressionou o partido. Eu fui para uma sala ao lado e fiquei pensando. O senhor se sentiria à vontade para dizer não? Sim, perfeitamente. Estava disposto a dizer não se o governo dissesse assim: “olha, quem sabe se você não se candidatar e desistir”… Não, de novo, não. Quando ele colocou as possibilidades, eu pensei foi em Belo Horizonte, que não pode ter outra administração do PT. Quando eu pensei que aquilo tudo estava sendo um jogo também, que poderia prejudicar o senador Aécio Neves, que é meu candidato à Presidência, levei tudo em conta.

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