Prof. Paulo Jorge dos Santos.Jorn., Grafólogo,Prof. e Ambientalista, Pós Graduado em Adm.Legisl.P.UNISUL, Membro do Col. Est. e Nac.de meio Ambiente do PT, F. Mineiro de Agenda 21, Membro da Coord.Est.de Comb.ao Racismo do PTMG, Coord. Reg. Met.de Comb.ao Racismo da RMBH do PTMG. Membro dos Comitês de Bacias dos Rios Pará e São Francisco. Palestrante Em Faculdades e Órgãos Públicos Com Ações e Consultorias Em Dir. Humanos Étnicos e Ambientais.
domingo, julho 08, 2012
MANIFESTO FORA LACERDA
Márcio Lacerda foi apresentado à população de BH nas eleições de 2008 por Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT), contrariando suas relações partidárias, adversárias, e qualquer coerência política. Diante da falta de opção, pois os outros candidatos não apresentaram proposta de governo relevante, Lacerda foi eleito.
O que aconteceu em seguida foi surpreendente: programas sociais foram suspensos ou reduzidos, sem avaliar a sua importância para a população. Assim, a Secretaria de Abastecimento foi dilacerada e programas de Seguridade Alimentar finalizados. Além de desestruturar diversos programas sociais, Lacerda quer implantar Parcerias Público Privadas (PPPs) para a Saúde e a Educação em BH. A terceirização de serviços básicos vai deixar a população a mercê de empresas privadas e sem nenhuma garantia de qualidade e nem a quem reclamar. São tantas as medidas descabidas que vamos apresentá-las em tópicos:
Nomeação do próprio filho, Tiago Lacerda, para a direção do Comitê Local de Organização da Copa 2014;
Gastos de 876 mil reais em aluguel de jatinhos particulares, para deslocamento pelo país;
Venda da Rua Musas, no Bairro Santa Lúcia, para a construção de um Hotel para a Copa 2014;
Lançamento de Edital excludente para a Feira Hippie, na tentativa de retirar artesãos tradicionais e substituí-los por ONGs e empresas ligadas ao Prefeito;
Mudança da classificação de tráfego das ruas Albita, Bernardo Figueiredo, Ouro Fino, Opala, Oliveira e Cobre, no Bairro Cruzeiro, para viabilizar a construção de um grande shopping onde é atualmente o Mercado Distrital;
Lançamento das PPPs da saúde e educação – o que ainda podemos barrar –, que transferem para a iniciativa privada a construção, a manutenção, a limpeza e a segurança de escolas e centros de saúde;
Aumento dos gastos com publicidade de 4 milhões em 2010, para 32 milhões em 2011;
Desapropriação inexplicada do Campo do Santa Tereza, que há mais de 30 anos serve à comunidade;
Obras realizadas sem projetos para minimização de transtornos nas regiões da Savassi e da Av. Pedro I;
Loteamento da Mata dos Werneck – uma das poucas áreas verdes da cidade –, para a construção de hotéis para a Copa. Uma ameaça à sobrevivência do centenário Quilombo Mangueiras e dos últimos fragmentos dos biomas Mata Atlântica e Cerrado ainda preservados;
Intransigência na negociação com as comunidades Dandara, Camilo Torres, Irmã Doroty e Torres Gêmeas, que sofrem pressão e ameaças para desocupar áreas abandonadas que ocuparam, sem que a Prefeitura apresente proposta de indenização ou moradia para as famílias;
Perseguição aos moradores de rua e artesãos nômades, recolhendo seus pertences, documentos, roupas e cobertores, na tentativa de impedir a circulação destes no centro da cidade;
Reforma do Teatro Francisco Nunes prometida em campanha para 2009 e começada apenas em 2011;
Decreto proibindo a realização de eventos na Praça da Estação, depois substituído por outro que cobra pelo uso e exige segurança, limpeza e cerca particular para a Praça, medida que permite apenas que grandes empresas realizem eventos naquele local;
Cancelamento do FIT 2010, que só foi realizado depois de forte pressão dos artistas.
As arbitrariedades da administração Lacerda obedecem a dois princípios complementares – ambos inconfessáveis mas plenamente verificáveis até aqui por suas ações concretas: o primeiro é a exclusão popular, irregularidades no Orçamento Participativo, inoperância ou inexistência dos Conselhos Municipais e nenhum diálogo com a população. O segundo é o do favorecimento indevido e anti-republicano de agentes da iniciativa privada (empresas e grandes empresários, frequentemente ligados ao prefeito por laços de parentesco, amizade e interesse financeiro) em detrimento da população que o elegeu.
O MOVIMENTO FORA LACERDA surgiu da indignação de várias pessoas com a administração atual e da possibilidade de repetição da candidatura de Lacerda. O Movimento é independente, suprapartidário e solidário aos diversos movimentos de enfrentamento aos desmandes do prefeito. Nossa visão é antineoliberal, por uma administração humanista, inclusiva e com a participação popular. Além de não estarmos ligados a nenhum partido político, rejeitamos qualquer proposta de utilizar este Movimento em prol de algum futuro candidato à Prefeitura. A independência do MOVIMENTO FORA LACERDA é uma forma de demonstrar como a sociedade civil organizada pode influenciar e alterar os cursos políticos de uma cidade marcada por uma administração elitista, excludente e aversa à participação popular. Convidamos a população a levantar suas insatisfações em relação à administração Márcio Lacerda e a se unir ao MOVIMENTO FORA LACERDA. Somos muitos, estamos juntos e queremos uma BH mais humana e integrada.
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