Prof. Paulo Jorge dos Santos.Jorn., Grafólogo,Prof. e Ambientalista, Pós Graduado em Adm.Legisl.P.UNISUL, Membro do Col. Est. e Nac.de meio Ambiente do PT, F. Mineiro de Agenda 21, Membro da Coord.Est.de Comb.ao Racismo do PTMG, Coord. Reg. Met.de Comb.ao Racismo da RMBH do PTMG. Membro dos Comitês de Bacias dos Rios Pará e São Francisco. Palestrante Em Faculdades e Órgãos Públicos Com Ações e Consultorias Em Dir. Humanos Étnicos e Ambientais.
terça-feira, maio 15, 2012
Demóstenes Gurgel arquivou pedido feito em 2009 para investigar Demóstenes, diz delegado na CPI
Gurgel arquivou pedido feito em 2009 para investigar Demóstenes, diz delegado na CPI
O depoimento do delegado da Polícia Federal que comandou a Operação Vegas, Raul Alexandre Souza, reforçou as dúvidas quanto à atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nas investigações sobre a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Ao responder a perguntas dos parlamentares, na terça-feira (8), em sessão secreta, o delegado disse que a investigação foi engavetada pelo procurador.
Integrantes da comissão disseram que Alexandre Souza enviou em setembro de 2009 um pedido para que Gurgel investigasse Demóstenes Torres, por suspeita de envolvimento com o esquema do contraventor. O procurador só pediu abertura de inquérito contra o senador no Supremo Tribunal Federal (STF) em 27 de março deste ano, depois que o conteúdo das ligações entre o senador e Cachoeira foi revelado.
“Ficou ruim para o Gurgel”, admitiu um deputado de oposição que integra a CPI e até o momento defendia que o procurador-geral não fosse convocado a depor. “As minhas convicções só foram reforçadas”, afirmou outro deputado, da base aliada, referindo-se ao fato de que o procurador teria sido condescendente com Demóstenes.
Parlamentares que acompanharam o depoimento disseram que Sousa relatou que a Operação Vegas teve 55 alvos entre 2008 e 2009. Foram realizadas 61.803 ligações, num total de 1.388 horas de gravação, durante os 60 dias de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Isso dá, nas contas do delegado, 1.030 ligações feitas por dia. Cachoeira teve 234 horas de conversas gravadas, uma média de quatro horas diárias.
Segundo o delegado, as investigações foram paralisadas no momento em que apareceram as conversas com parlamentares, como o senador goiano, que detêm foro privilegiado e só podem ser investigados pelo STF.
Roberto Gurgel tem afirmado que não abriu inquérito por estratégia, porque “verificou que os elementos não eram suficientes para uma iniciativa no âmbito do STF”. Ele vem alegando ter optado por sobrestar o caso, como forma de evitar que fossem reveladas “outras investigações relativas a pessoas não detentoras de foro, inviabilizando seu prosseguimento, que viria a ser formalizado na Operação Monte Carlo”.
“Ele (Gurgel) disse que a Vegas não tinha elementos para pedir a abertura de inquérito (contra Demóstenes), mas no pedido que fez depois ao STF, usou 16 itens da operação”, observou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP). “O delegado confirmou as ligações do senador com Cachoeira, que são cada vez mais claras”, disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB).
A avaliação preliminar é de que, com o depoimento, voltará a ganhar força a disposição de se ouvir na CPI o procurador-geral, na medida em que depois das revelações do delegado as explicações do Ministério Público para retardar as investigações contra os parlamentares são consideradas insuficientes pelos integrantes da comissão. Com isso, não apenas os aliados devem apoiar a vinda de Gurgel à CPI.
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