terça-feira, julho 26, 2011

Mais da metade das 215 milhões de crianças que trabalham no mundo realizam atividades de risco.

Existem hoje

115 milhões de crianças (com idades entre 5 e 17 anos) que trabalham em atividades consideradas perigosas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse número representa mais da metade do total de trabalhadores infantis, estimados em 215 milhões. Segundo a organização, que concentrou num relatório diversos estudos sobre o tema, a cada minuto durante o dia, uma criança que trabalha em algum lugar do mundo sofre um acidente de trabalho, doença ou trauma psicológico. No Brasil, 60% das 4,2 milhões de trabalhadores infantis realizam atividades arriscadas.

É avaliado como trabalho perigoso pela OIT qualquer tipo de atividade que possa ser prejudicial à saúde e à integridade física e psicológica da criança. A mais comum, de acordo com o relatório, é a agricultura, que concentra 59% dos casos registrados pela entidade. É natural ver nas ruas crianças oferecendo produtos aos transeuntes. nos bares de BH, tambem é comum as crianças entrarem , abordarem clientes nas mesas e oferecerem balas , bombons e flores, com o seguinte markleting "compre pra me ajudar". Tem uma outra forma constrangedora de aboradagem é a seguinte; as crianças olham para casais e abordam o homem com a famosa frase;"da uma flor pra ela". Ai é que na maioria das vezes um homem acaba gastando a dinheiro único que tem no bolso comprando a tal rosa e depois vai a pé pra casa. Atualmente o setor que mais concentra mão de obra infantil no Brasil é o de serviços informais. “Com a urbanização do País, a venda informal de produtos nas ruas, como doces e flores, por exemplo, tomou a dianteira da agricultura. O trabalho doméstico também é outra área que concentra muitas crianças trabalhando”, afirma.

Seguntos tecnicos da area que estuda a sociedade, são dois os fatores principais que levam as crianças ao trabalho: a necessidade de sobrevivência e o processo de integração social. “Existem aquelas que precisam complementar o orçamento familiar e as que querem comprar bens que os pais não podem pagar”. Segundo o levantamento da OIT, apesar de o número total de crianças entre 5 e 17 anos em trabalhos perigosos no mundo ter caído entre 2004 e 2008, houve aumento de 20% na quantidade de crianças entre 15 e 17 anos nessas atividades, passando de 52 milhões para 62 milhões.

Ainda segundo o documento, entre 2007 e 2009, foram registradas 2,6 mil lesões de trabalho em crianças no Brasil. “Entre os maiores desafios para vencer a questão está a implantação de uma escola de período integral de qualidade no País. A educação é a melhor forma de lutar contra o trabalho infantil”, diz Mendes. Segundo ele, a recente crise econômica mundial impactou de forma negativa os esforços para eliminar a prática, já que as relações de trabalho se tornaram mais precárias, abrindo mais espaço para a mão de obra barata e menos qualificada, como a de menores.

No início deste mês, o Governo Federal lançou uma campanha para acabar com o trabalho infantil perigoso no Brasil, com a meta de tirar todas as crianças e adolescentes de atividades de risco até 2016 e de todos os outros tipos de trabalho até 2020. Apesar da perda de força nos últimos anos, o País tem condição de cumprir a meta, isso é a te possível. Apesar dos esforços terem ficado mais lentos, o Brasil é, pelo menos na teoria, o

exemplo mundial na luta contra o trabalho infantil.

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