Prof. Paulo Jorge dos Santos.Jorn., Grafólogo,Prof. e Ambientalista, Pós Graduado em Adm.Legisl.P.UNISUL, Membro do Col. Est. e Nac.de meio Ambiente do PT, F. Mineiro de Agenda 21, Membro da Coord.Est.de Comb.ao Racismo do PTMG, Coord. Reg. Met.de Comb.ao Racismo da RMBH do PTMG. Membro dos Comitês de Bacias dos Rios Pará e São Francisco. Palestrante Em Faculdades e Órgãos Públicos Com Ações e Consultorias Em Dir. Humanos Étnicos e Ambientais.
quinta-feira, dezembro 05, 2013
Morre Mandela, o símbolo da luta mundial pela liberdade, justiça e democracia
A dimensão política e de homem público conquistada pelo sul-africano Nelson Mandela, em âmbito mundial, pode ser medida pela avaliação que dele fez o líbio Ali Abdussalam Treki, presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2009 e 2011, quando o considerou “um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo”. Com sua morte, neste dia 5, aos 95 anos, vítima de infecção pulmonar, ele entra para a História como advogado, líder rebelde, prisioneiro de consciência durante 27 anos, símbolo da luta contra o “apartheid” em seu país - regime segregacionista comandado pela minoria branca contra a maioria negra - e primeiro negro eleito presidente da África do Sul livre, cargo que exerceu entre 1994 e 1999. A morte de Mandela foi anunciada pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, em pronunciamento pela televisão. Nelson Mandela tinha 95 anos, sofria de uma grave infecção respiratória e estava sendo mantido em sua casa em Johannesburgo sob cuidados médicos. Ele esteve hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e outras complicações. No fim de semana, Zindzi, sua filha mais nova, disse ao New York Times que sabe que ele está morrendo.TrajetóriaAo sair da prisão, em fevereiro de 1990, aos 72 anos de idade, liderou o fim do segregacionismo sul africano, que se completou quando esteve na presidência do país. Diante disso e de sua luta a serviço da humanidade, a ONU reconheceu seu desempenho como exemplar em favor da liberdade, democracia e justiça. Tanto que, para elevar ao mais alto grau social esses três valores em todo o mundo, a instituição criou o Dia Internacional Nelson Mandela, comemorado em 18 de julho, dia de seu nascimento, em 1918. Rolihlahla Dalibhunga Mandela, seu nome de batismo, nasceu em um vilarejo na região do Transkei e era de família da nobreza tribal da etnia Xhosa. Com pais analfabetos e 12 irmãos, foi o primeiro da família a frequentar a escola, a partir dos sete anos de idade. Nesta unidade escolar, recebeu o nome do Nelson. Aos nove anos, com a morte do pai, seguiu para a vila de Mqhekezweni, aos cuidados de Jongintaba Dalindyebo, regente da etnia Tembu, e no local continuou os estudos.Em 1934, mudou-se para Fort Beaufort, onde entrou no curso de Direito na Universidade de Fort Hare. Iniciou a atuação política no movimento estudantil e, por isso, foi expulso da universidade. Em seguida, mudou-se para Johanesburgo, onde concluiu o curso de Direito na Universidade da África do Sul por correspondência. Em seguida, aprofundou os estudos de Direito na Universidade de Witwatersrand, tornando-se advogado. Jovem, Mandela gostava de esporte – praticava corrida e boxe –, usava roupas bonitas e tinha fama de sedutor.Desde o começo do século 20, a África do Sul era dominada pelos brancos – colonizadores holandeses, franceses e alemães, ou bôeres, e pelos ingleses. Os negros eram discriminados e sem direitos, o que veio a se fortalecer em 1948, com a chegada do Partido Nacional ao poder. Nesse ano, foi institucionalizada a segregação e a dominação plena dos não europeus por meio do sistema chamado de “apartheid”- os negros ficaram sem direitos políticos, sociais e econômicos.Advogado, Mandela intensificou a ação política contra o “apartheid” como militante do Congresso Nacional Africano (CNA), movimento não violento formado por nacionalistas negros. Em 1960, ele e seu grupo no CNA decidiram recorrer às armas para lutar contra o segregacionismo na África do Sul. O grupo atacou alvos militares, incentivou greves e seu líder principal seguiu para o Marrocos e Etiópia, onde fez treinamentos paramilitares.(AP Photo)1 / 10Yahoo Notícias
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