quarta-feira, maio 25, 2011

Pesquisa encomendada pela Cetelem revela o crescimento da classe C nos últimos anos, a expectativa do comércio e o otimismo dos brasileiros para os anos vindouros.

A exemplo das placas tectônicas em constante movimento ao longo da esfera terrestre, as massas humanas também se agitam continuamente no interior da sociedade. No Brasil, “mais do que nunca o país do presente” – como querem os mais ufanistas –, cerca de 19 milhões de cidadãos das classes D e E migraram para a classe C em 2010. Com isso, esse segmento passou a ser o maior do País, com 101 milhões de pessoas, ou 53% da população. Em vez de provocar terremotos ou tsunamis, esse segundo movimento resulta em um elenco de oportunidades sem precedentes no mercado de crédito brasileiro e também no mundo dos negócios em geral.
Depois que o Presidente Lula assumiu as ações sociais, tais como bolsa família, bolsa alimentação , prouni e oputros me4canismos de distribuição de renda como ações de governo, ocorreu uma mudança no formato da pirâmide social, agora mais parecida com um losango. As classes D e E concentram 25% da população brasileira (47,9 milhões), enquanto a classe C tornou-se mais ampla que as classes A e B, que têm ambas 21% da população ou 42,19 milhões de pessoas. Ou seja, a ascendente classe C aglutina mais gente do que as outras quatro somadas.
Outro ponto favorável que precisa ser destacado, é o aumento do nível de otimismo do brasileiro para com seu país pros anos vindouros, com um índice de 60%. Espera-se mais consumo (53%), mais crédito (52%) e uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 39%. Para ratificar esses índices, entrevistados das classes D e E se dizem “entusiasmados” com o Brasil de hoje. Além disso, mais de 50% dos brasileiros apostam em um crescimento do padrão de vida, situação financeira, capacidade de compras para o lar e dos investimentos neste ano.
O ano de 2010 também foi marcado pelo grande aumento da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões, uma alta mais acentuada nas classes D e E, cuja renda familiar média declarada é de R$ 809,00. Esse valor é 48,44% maior que em 2005, por exemplo, quando se iniciou a pesquisa no País. Enquanto isso, a renda disponível (rendimento total da família menos os gastos) cresceu 45,22% (R$ 200,64) em comparação com o ano de 2009.
Aumento da renda média significa também aumento do poder de compra e dos gastos médios, conforme o levantamento da Ipsos. Entre outros, o brasileiro despendeu em média mais dinheiro com supermercado (R$ 375,00), energia elétrica (R$ 74,00), aluguel (R$ 299,00), remédios (R$ 88,00), vestuário (R$ 198,00), educação (R$ 274,00) e prestações (R$ 184,00). Houve um crescimento nos gastos com seguros, previdência privada, aluguel, vestuário, e convênios médicos.

Internet
Embora tenha-se verificado um decréscimo no valor médio dos investimentos, mais brasileiros fizeram aplicações de dinheiro em vários segmentos em 2010, se comparado ao ano anterior. Para o ano presente (2011), a projeção de 79% dos entrevistados é de economizar mais, enquanto 48% deles afirmam que pretendem gastar mais. Essa intenção de compra reflete-se em todos os itens analisados, com destaque para móveis, decoração, entretenimento (TV, vídeo e HiFi), viagens e lazer.
Nessa intenção de compras, sobressai a presença marcante da Internet utilizada em 2010 por 41% dos brasileiros maiores de 16 anos – mais de 58 milhões de pessoas – a maioria deles para consultar sobre compras, a serem realizadas posteriormente nas lojas. Os produtos mais pesquisados foram aparelhos de TV, vídeos, HiFi, lazer, viagens e itens culturais. As aquisições virtuais, no ano passado, foram feitas por 20% da população, com o conseqüente crescimento dos pagamentos via boleto ou depósitos bancários. Quem optou pelo cartão de crédito buscou o parcelamento do pagamento.
Segundo a pesquisa, apenas 26% dos entrevistados costumam comparar as taxas de juros antes de escolher onde vão fazer suas compras financiadas. Já os integrantes das classes D e E demonstraram maior preocupação com o valor das prestações. Isso revela, a importância de nós ,os formadores de opiniões, em manter o foco na educação financeira da população, ainda mais “em um país onde a classe C é dominante”. Isso implica que temos como missão contribuir para a melhoria do bem-estar das famílias, quando procuramos incentivar as pessoas a realizarem o consumo sustentável e consciente.
Quando se governa com o foco no social tem a possibilidade de favorecer o acesso ao consumo e promoção da ascensão social, aumentando o poder aquisitivo familiar.

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