Reportagem de O Globo mostra que Brasil é um dos países referenciais para coleta de dados
Uma reportagem do jornal O Globo revelou neste fim de semana que os brasileiros são um dos alvos preferenciais da espionagem via internet e ligações telefônicas feitas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês).
O programa de vigilância eletrônica, chamado Prisma, vasculha redes sociais, tem participação de grandes empresas (como Facebook, Google e Microsoft) e foi revelado por um ex-técnico da NSA chamado Edward Snowden, que estaria agora na área de trânsito do aeroporto de Moscou, tentando escapar para algum país que lhe ofereça asilo, enquanto as autoridades americanas tentam capturá-lo.
O programa de vigilância eletrônica, chamado Prisma, vasculha redes sociais, tem participação de grandes empresas (como Facebook, Google e Microsoft) e foi revelado por um ex-técnico da NSA chamado Edward Snowden, que estaria agora na área de trânsito do aeroporto de Moscou, tentando escapar para algum país que lhe ofereça asilo, enquanto as autoridades americanas tentam capturá-lo.
Segundo O Globo, em janeiro passado o Brasil ficou pouco atrás dos Estados Unidos, que teve 2,3 bilhões de telefonemas e mensagens espionados. Os documentos da NSA mostram o Brasil em destaque nos mapas da agência americana como alvo prioritário no tráfego de telefonia e dados, ao lado de países como China, Rússia, Irã e Paquistão. O jornal diz ser incerto o número de pessoas e empresas espionadas, mas garante existir evidências de que o volume de dados capturados pelo sistema de filtragem nas redes locais de telefonia e internet é constante e em grande escala.
Para facilitar a espionagem, a NSA mantém parcerias com as maiores empresas de internet americanas. No último 6 de junho, o jornal britânico The Guardian informou que o programa Prisma dá à NSA acesso aos e-mails, conversas online e chamadas de voz de clientes de empresas como Facebook, Google, Microsoft e YouTube.
Para a coleta de informações no Brasil, segundo O Globo, a NSA usou um sistema chamado Fairview, desenvolvido pela própria agência em parceria com gigantes privados de telecomunicações. Para conseguir acessar informações dos brasileiros pelo sistema Fairview, a NSA se valeu de alianças corporativas entre uma grande empresa do setor de telefonia nos EUA, que não teve o nome revelado, e empresas brasileiras. "Não está claro se as empresas brasileiras estão cientes de como a sua parceria com a empresa dos EUA vem sendo utilizada", descreveu a reportagem de O Globo.
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