Projeto que aumenta em 34% o salário dos parlamentares e em 22,8% os do prefeito, vice e secretários começa a tramitar na Câmara. Texto prevê correção anual nos contracheques Começou a tramitar nessa terça-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte projeto de lei que prevê aumento de 34% no salário dos vereadores e de 22,8% nos de prefeito, vice-prefeito, 15 secretários e 16 secretários adjuntos. A matéria ainda garante aos beneficiados um reajuste anual de seus vencimentos e aos parlamentares dois salários extras no início e fim da legislatura. O texto apresentado pela Mesa Diretora contraria norma do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), que determinou às Casas Legislativas a fixação do salário até a data das eleições municipais, 7 de outubro.Se aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), o reajuste vai elevar o subsídio dos vereadores, atualmente em R$ 9.288,05, para R$ 12.459,92. O contracheque do prefeito vai sair de R$ 19.080 para R$ 23.430,24 e o do vice-prefeito e dos secretários, que hoje recebem R$ 12.783,60, vai passar para R$ 15.698,26, enquanto o dos secretários-adjuntos passará de R$ 10.494,00 para R$ 12.886,63. Outros agentes políticos que têm o salário fixado aos dos secretários – os responsáveis pelas regionais (9), pelas empresas e autarquias (6) e fundações (3) – também serão favorecidos pela medida.
O texto propõe que a revisão dos salários seja feita anualmente até 2016 de acordo com a variação inflacionária considerando o menor índice entre o IGP-M da FGV, o IPCA e o INPC do IBGE, que nos 12 meses até outubro ficaram em 6,98%, 5,45% e 5,99%, respectivamente. Em outras palavras, se a inflação mantiver a tendência de alta, o salário dos 41 parlamentares no fim de 2016 vai chegar a R$ 14.421,90 e o do prefeito a R$ 27.460,62
Segundo o presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), a proposta atende um pedido do prefeito Marcio Lacerda e corrige o salário dos parlamentares conforme prevê a Constituição. “Há seis anos e oito meses os vereadores estão sem reajuste salarial”, acrescentou o tucano. Ele ressaltou que é obrigação da Casa fixar o subsídios para a próxima legislatura. “Se não apresentar esse projeto de lei, o vereador fica sem salário”, observou. Em relação ao posicionamento do TCE-MG, ele garantiu que é apenas uma recomendação.
O vereador disse acreditar que esse aumento não vai causar tanto impacto na sociedade quanto os 61,8% propostos na Casa, no fim do ano passado, quando a pressão popular garantiu a manutenção do veto do Executivo à matéria. Léo Burguês também acredita que terá apoio dos atuais vereadores. O político procurou os novatos, que não têm poder de decisão, para saber o posicionamento deles. “Todos eles foram favoráveis ao reajuste”, garantiu.
O vereador Leonardo Mattos (PV) não concorda com o fato de o secretário-adjunto receber mais do que os parlamentares. Ele disse ontem que vai protocolar uma emenda à proposta para garantir que o teto no Executivo seja o subsídio do vereador. “Mesmo que for para diminuir os outros salários”, ressaltou.
ORÇAMENTO Os parlamentares aprovaram na sessão de ontem a Lei Orçamentária Anual com 343 emendas. Entre elas, a de autoria do vereador Arnaldo Godoy (PT) que diminui o percentual de suplementação ao Orçamento de 15% para 10%, ou seja, diminui a possibilidade de a prefeitura mexer nas contas sem passar pela aprovação da Câmara. “É importante, porque, além de ampliar o controle do Legislativo nos gastos municipais, também diminui o poder de endividamento da prefeitura”, ressaltou o relator do Orçamento, vereador Adriano Ventura (PT).
Os parlamentares também aprovaram ontem o Plano Plurianual de Governo (PPAG) e o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 14/2012, de autoria do Executivo, que altera a redação de dispositivo da Lei Orgânica do Município, substituindo o termo “educador infantil” por “professor de educação infantil”.
Combate à corrupção
Entra hoje na pauta de votações da Câmara o Projeto de Lei 2.215/2012 que cria a cria a Secretaria Especial de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas em Belo Horizonte. A controladora-geral do município, Cristiane Fortini, ressaltou que a ideia é aplicar na capital mineira o modelo usado pela Controladoria Geral da União (CGU), que é composta pela ouvidoria, corregedoria, auditoria e pela Secretaria de Controle Interno e de Prevenção da Corrupção. “Nós já temos a ouvidoria, corregedoria e auditoria”, observou, acrescentando que a nova pasta seria um núcleo de produção “visando a prevenir a corrupção e concentrar informações estratégicas”. Ela exemplificou que a secretaria serviria para verificar relações de empresas com servidores ou se o patrimônio do funcionário é condizente com o seu salário.
Prof. Paulo Jorge dos Santos.Jorn., Grafólogo,Prof. e Ambientalista, Pós Graduado em Adm.Legisl.P.UNISUL, Membro do Col. Est. e Nac.de meio Ambiente do PT, F. Mineiro de Agenda 21, Membro da Coord.Est.de Comb.ao Racismo do PTMG, Coord. Reg. Met.de Comb.ao Racismo da RMBH do PTMG. Membro dos Comitês de Bacias dos Rios Pará e São Francisco. Palestrante Em Faculdades e Órgãos Públicos Com Ações e Consultorias Em Dir. Humanos Étnicos e Ambientais.
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