Prof. Paulo Jorge dos Santos.Jorn., Grafólogo,Prof. e Ambientalista, Pós Graduado em Adm.Legisl.P.UNISUL, Membro do Col. Est. e Nac.de meio Ambiente do PT, F. Mineiro de Agenda 21, Membro da Coord.Est.de Comb.ao Racismo do PTMG, Coord. Reg. Met.de Comb.ao Racismo da RMBH do PTMG. Membro dos Comitês de Bacias dos Rios Pará e São Francisco. Palestrante Em Faculdades e Órgãos Públicos Com Ações e Consultorias Em Dir. Humanos Étnicos e Ambientais.
quinta-feira, março 11, 2010
No mês da mulher quero chamar atenção ao fato de elas estarem fumando tantoao ponto prejudicar o orçamento doméstico pelo infame tabaco
A maioria reconhece que o hábito interfere nas contas da casa, diz pesquisa
A mulher fumante, mais do que o homem, sabe que deixa de comprar coisas importantes para casa só para sustentar o vício do tabaco.
Segundo pesquisa inédita realizada no mundo todo pelo International Tobacco Control (ITC), oito em cada dez delas admitiram que nos últimos seis meses “gastaram dinheiro com cigarro sabendo que ele poderia ser melhor empregado com outros gastos domésticos, como a compra de alimentos”.
Em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) foram entrevistadas 1.826 pessoas de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, sendo 59% mulheres. Na comparação com os homens participantes do levantamento, foi constatado que o “bolso feminino” é mais afetado do que o masculino: enquanto 80% das fumantes disseram que ajustam o orçamento de casa para satisfazer o hábito de fumar (sempre em benefício do tabaco e não da saúde), entre eles, o índice foi de 75%.
Perfil de dependência
A maior consciência de que o cigarro atrapalha nas contas domésticas não foi a única diferença estatística das mulheres no estudo feito pelo ITC Brasil. Elas, mais do que eles, sentem no corpo os efeitos do tabaco. Das pesquisadas, 44% pensam com muita frequência nos danos que o fumo pode provocar, como infarto, acidente vascular cerebral e câncer. Os homens somaram 35% neste grupo. Nas outras questões abordadas, entretanto, os sexos masculino e feminino empataram. Os padrões de dependência foram muito semelhantes: 91% afirmam ser dependentes do cigarro e 52% se dizem “muito” dependentes.
O “empate”, dizem os especialistas, é mais uma desvantagem para a mulher. Primeiro porque houve um tempo em que elas não fumavam, depois porque elas também têm mais dificuldade em parar e um terceiro motivo, lembra Cristina Perez – médica da Divisão de Tabagismo do Inca – é que o sexo feminino está no alvo das propagandas do tabaco.
“São lançados cigarros feitos para mulheres, vendidos em carteiras acompanhadas de batom e sombra”, usando da vaidade feminina como chamariz para a industria d o tabaco. “O resultado disso é que enquanto os homens estão se cuidando e banindo de vez o fumo em suas vidas, entre as meninas a parcela de fumantes aumenta, na contramão da tendência nacional, que é, de diminuição de fumantes”.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 11% dos brasileiros maiores de 15 anos fumam. Em 1989, essa população somava 33%, o que significava um fumante em cada três pessoas. Apesar da diminuição, um estudo da Universidade Federal de São Paulo mostrou que 7,6% dos garotos entre 14 e 16 anos fumam, só um ponto porcentuais acima do que o encontrado entre elas (6,7%). Na população como um todo, este mesmo índice mostra uma diferença de 10 pontos: 25% entre eles e 14% entre elas.
Garota-propaganda
A preocupação com o aumento de mulheres fumantes fez com que as autoridades de saúde fizessem políticas específicas para mulheres. No ano passado, o Inca lembrou que, além do corpo, a beleza também fica doente por causa das tragadas. Nas embalagens dos maços de cigarro, além das clássicas fotos sobre a impotência masculina e o câncer de pulmão, agora circulam imagens de mulheres com o rosto enrugado, sequela da fumaça. Não é a única resposta. Este ano, pela primeira vez, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu a mulher como foco do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em maio.
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