segunda-feira, outubro 07, 2013

As causas da grande mobilização indígena Quais os projetos de mineradoras, madeireiras e ruralistas para avançar sobre territórios e direitos dos índios. Como tramitam, em silêncio, no Congresso Nacional



As causas da grande mobilização indígena
Quais os projetos de mineradoras, madeireiras e ruralistas para avançar sobre territórios e direitos dos índios. Como tramitam, em silêncio, no Congresso Nacional
por Marcelo Degrazia — publicado 05/10/2013 20:33

A Mobilização Nacional Indígena, deflagrada ao longo desta semana, é uma luta pela defesa dos direitos indígenas adquiridos e para barrar uma a
valanche devastadora, lideradas pela Frente Parlamentar do Agronegócio. A luta é pela terra, sua posse e uso. A convocação foi da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e envolve organizações indígenas e indigenistas de diversas partes do país, agora articuladas e em luta.

A linha do tempo vai até as caravelas de Cabral, mas vamos tomá-la a partir deste ano, para compreender melhor o contexto atual. Em 16 de abril, cerca de 300 índios ocuparam o plenário da Câmara, em protesto contra a instalação de Comissão Especial para analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que torna praticamente impossível a demarcação das terras indígenas, ao tirar esta prerrogativa da Fundação Nacional do Índio (Funai) e transferi-la ao Congresso Nacional.

Na ocasião, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) prometeu não instalar a comissão antes do final de agosto. A casa criou então um grupo de trabalho para discutir a condição dos índios no Brasil, cujo relatório seria um subsídio importante para a decisão de constituir ou não a comissão. Integraram o grupo lideranças indígenas, deputados ruralistas e parlamentares que defendem os direitos dos índios. Segundo Lincoln Portela (PR-MG), mediador do grupo, “basicamente aprovamos a rejeição da PEC 215.” A rejeição, concluindo pela inconstitucionalidade do projeto, foi por unanimidade dos presentes, já que nenhum parlamentar da frente do agronegócio compareceu às reuniões.

Na noite de 10 de setembro, contrariando o parecer do grupo de trabalho criado por ele mesmo, Henrique Eduardo Alves instituiu a Comissão Especial para analisar a PEC 215. Alves estaria atendendo compromisso assumido com a bancada ruralista durante sua campanha para a presidência da Câmara. Muitos dos 27 deputados indicados então para a Comissão Especial integram a frente do agronegócio e são autores de projetos que suprimem direitos dos índios, como veremos.

Nessa semana da Mobilização, Alves pretendia instalar a Comissão Especial, com a indicação do relator e do presidente – mas teve de recuar diante das manifestações.

A PEC 215, de 2000, é de autoria do ex-deputado Almir Sá (PRB-RR), atualmente presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Roraima. Ela estabelece a competência exclusiva do Congresso Nacional para aprovar a demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas e ratificar as demarcações já homologadas – hoje atribuições exclusivas do Executivo, que as executa por meio da Fundação Nacional do Índio (Funai). Na avaliação de organizações indígenas e indigenistas, na prática significará o fim de novas demarcações. O risco não seria apenas para o futuro, mas também para hoje, pois das 1.046 terras já demarcadas apenas 363 estão regularizadas. As demais, ainda em processo por vários fatores, ficariam com sua homologação na dependência do Congresso. “Como contamos nos dedos quantos congressistas defendem a causa indígena, com certeza nenhuma terra será demarcada”, considera Ceiça Pitaguary, líder do movimento indígena do Ceará.

“A PEC é flagrantemente inconstitucional”, afirmou Dalmo Dallari, professor de direito da Universidade de São Paulo, ao Instituto Socioambiental (ISA): ela não respeita a separação dos poderes. As demarcações e homologações são atribuições do Executivo, procedimentos de natureza administrativa; ao Legislativo compete legislar e fiscalizar. Para alguns antropólogos, o direito à ocupação dessas terras é originário, e está assegurado na Constituição – as demarcações são apenas reconhecimento desse direito pré-existente.

A opinião de Carlos Frederico Maré, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná vai na mesma direção. Ex-presidente da Funai, ele sustenta que a demarcação é um procedimento eminentemente técnico. Em entrevista ao ISA, disse que “a Constituição não deu direito à demarcação. Deu direito à terra. A demarcação é só o jeito de dizer qual é a terra. Quando se coloca todo o direito sobre a demarcação retira-se o direito à terra, porque então ele só existirá se houver demarcação. É isso que está escrito na PEC: que não há mais direitos originários sobre a terra. Muda-se a Constituição, eliminando-se um direito nela inscrito.”

O Projeto de Lei (PL) 1.610, de 1996, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), dispõe sobre a exploração e o aproveitamento de recursos minerais em terras indígenas. Foi apresentado a pretexto de defender o “interesse nacional” (a ser explorado pela iniciativa privada, conforme o Código deMineração). Se aprovado, irá se converter em lei complementar ao artigo 231 (Capítulo VIII) da Constituição. O senador pediu regime de urgência. Quer votar, portanto, sem muita discussão, e a matéria só não foi submetida à apreciação da Casa devido à mobilização em torno do tema. Na prática, talvez seja tão ou ainda mais danosa que a PEC 215. E não seria de duvidar que esta estaria sendo oboi de piranha, já que o governo mostrou-se receptivo ao PL 1.610.

Já o PL 227/2012, retrata cruamente um dos aspectos centrais do chamado “sequestro da democracia”, pelas instituições que deveriam expressá-las. Foi proposto pelo deputado Homero Pereira (PSD-MT), ex-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, a princípio com redação que visava dificultar as futuras demarcações de terras indígenas. Fazia-o diluindo atribuições da Funai e incluindo, entre as comissões encarregadas de definir novos territórios, os proprietários de terra. Já em sua origem era, portanto, anti-indígena.

Mas tornou-se muito pior, ao tramitar pela comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara. Sem que tenha havido debate algum com a sociedade, os deputados que integram a comissão transformaram inteiramente sua redação. Converteram-no numa lei que, se aprovada, revogará na prática, pela porta dos fundos, o Artigo 231 da Constituição.

Tal dispositivo trata dos direitos indígenas. Reconhece “sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”. Estabelece uma única exceção: em situações extremas, em que houvesse “relevante interesse público da União” a exclusividade dos indígenas seria flexibilizada e seus territórios poderiam conviver com outros tipos de uso. Esta possibilidade, rara, precisaria ser definida em lei complementar.

Na redação inteiramente nova que assumiu, o PL 227/2012 é transformado nesta lei complementar. E estabelece, já em seu artigo 1º, um vastíssimo leque de atividades que poderão ser praticadas nas terras indígenas. Estão incluídas mineração, construção de hidrelétricas, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, oleodutos, gasodutos, campos de treinamento militar e muitos outros.

Um inciso (o VIII), de redação obscura, procura ampliar ainda mais as possibilidades de violação dos territórios índios. Estabelecer que é também “de relevante interesse público da União” a “legítima ocupação domínio e posse de terras privadas em 5 de outubro de 1988”. Embora pouco claro, o texto da margem a uma interpretação radical. A data mencionada é a da entrada em vigor da Constituição – quando foram reconhecidos os atuais direitos indígenas. Estariam legitimadas, portanto, os “domínios e posses de terras privadas” existentes antes da Carta atual. Em outras palavras, a legislação recuaria no tempo, para anular na prática, as demarcações que reconheceram território indígena e afastaram deles os ocupantes ilegítimos.

A PEC 237, de 2013, é de iniciativa do deputado Nelson Padovani (PSC-PR), titular do PSC na Comissão Especial da PEC 215, integrante da comissão do PL 1.610 e um dos signatários do pedido de criação da CPI da FUNAI, uma das estratégias da Frente para enfraquecer o órgão federal, já penalizado por redução de verbas. Essa PEC, se aprovada, tornará possível a posse indireta de terras indígenas a produtores rurais na forma de concessão. Será a porta de entrada do agronegócio aosterritórios demarcados, e essa possibilidade tem tirado o sono de indígenas e indigenistas.

A portaria 303, de iniciativa da Advocacia Geral da União (AGU) em 16/07/2012, é outro dispositivo que tolhe direitos indígenas, com tom autoritário, em especial no inciso V do art. 1º, em que o usufruto dos índios não se sobrepõe ao interesse da política de defesa nacional (!), à instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções militares, à expansão estratégica da malha viária, à exploração de alternativas energéticas de cunho estratégico e ao resguardo das riquezas de cunho estratégico, a critério dos órgãos competentes (Ministério da Defesa e Conselho de Defesa Nacional), projetos esses que serão implementados independentemente de consulta às comunidades indígenas envolvidas ou à FUNAI (grifo nosso).

É a pavimentação para o avanço econômico do capitalismo sem fronteiras, contrário à Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), de 1989, de que o Brasil é signatário, e que assegura o direito de os povos indígenas serem consultados, de forma livre e informada, antes de serem tomadas decisões que possam afetar seus bens ou direitos.

Todas essas iniciativas legais têm por objetivo possibilitar o avanço do agronegócio e da exploração de lavras minerais sobre as terras indígenas. Assim se permitiria inclusive a intrusão em territórios de nações não contatadas. Basta um simples olhar na autoria dos projetos, na trajetória negocial de seus autores e apoiadores, em suas relações comerciais com o agronegócio nacional e estrangeiro e na sua atuação articulada através de uma Frente Parlamentar para se ter certeza de que o interesse econômico é privado, setorista e excludente, em nada aparentado ao interesse nacional, do bem comum ou da União. Se há diversificação de interesses nos projetos, é na razão direta da fome, mas de lucros, do agronegócio, da bancada ruralista, das mineradoras, das madeireiras e empreiteiras.
-
Marcelo Degrazia é escritor. Autor de A Noite dos Jaquetas-Pretas e do blog Concerto de Letras 

Los profetas leen el presente y anticipan el futuro

Profeta en sentido bíblico no es en primer lugar aquel que prevé el futuro. Es aquel que analiza el presente, identifica tendencias, generalmente desviadas, hace advertencias y hasta amenazas. Anuncia el juicio de Dios sobre el curso presente de la historia y hace promesas de liberación de las calamidades.A partir de la captación de las tendencias, hace previsiones para el futuro. En el fondo afirma: si continúa este tipo de comportamiento de los dirigentes y del pueblo sucederán fatales desgracias. Éstas son consecuencia de las violaciones de leyes sagradas. Y ahí proyectan escenarios dramáticos que tienen una función pedagógica: Hacer entrar a todos en razón y en la observancia de lo que es justo y recto delante de Dios y de la naturaleza.Leyendo a algunos profetas del Antiguo Testamento y también advertencias de Jesús sobre la situación de los tiempos futuros, casi espontáneamente nos acordamos de nuestros dirigentes y de su comportamiento irresponsable ante los dramas que se están preparando para la Tierra, para la biosfera y para el eventual destino de nuestra civilización.Hace días en algunas partes del mundo se ha roto la barrera considerada como la línea roja que debería ser respetada a toda costa: no permitir que la presencia de dióxido de carbono en la atmósfera llegase a 400 partes por millón. Y lamentablemente ha llegado. Alcanzado este nivel, difícilmente el clima calentado volverá atrás. Se estabilizará y podrá seguir subiendo. La Tierra quedará calentada unos dos grados centígrados o más. Muchos organismos vivos no conseguirán  adaptarse, pues no tienen como minimizar los efectos negativos, y acabarán desapareciendo. La desertificación se acelerará; se perderán cosechas, miles de personas tendrán que abandonar sus lugares a causa del calor insoportable y la imposibilidad de garantizar su alimentación.En un contexto así leo al profeta Isaías. Vivió en el siglo VIIIº a. C., uno de los periodos más conturbados de la historia. Israel se encontraba exprimida entre dos potencias, Egipto y Asiria, que se disputaban la hegemonía. Tan pronto era invadido por una de estas potencias como por la otra dejando un rastro de devastación y de muerte.En este contexto dramático Isaías escribe un capítulo entero, el 24º, en una línea de devastación ecológica. Las descripciones se asemejan a lo que puede sucedernos a nosotros si las naciones del mundo no se organizan para parar el calentamiento global, especialmente el abrupto, ya avisado por notables científicos, que podría ocurrir antes de finales del presente siglo. Si efectivamente ocurriera, la especie humana correría gran riesgo de ser diezmada y de que se destruyera gran parte de la biosfera.Debemos tomar en serio a los profetas. Ellos descifran tendencias en una perspectiva que va más allá del espacio y del tiempo. Por eso también nuestra generación podría estar incluida en sus amenazas. Transcribo partes del capítulo 24 como advertencia y material de meditación.“Lo mismo sucederá al acreedor y al deudor. La Tierra será totalmente devastada. Ella ha sido profanada por sus habitantes porque trasgredieron las leyes, pasaron por encima de los preceptos, rompieron la alianza eterna. Por esta razón, la maldición ha devorado la Tierra, la culpa es de los que en ella habitan… La Tierra se rompe, tiembla violentamente, es fuertemente sacudida. La Tierra se tambalea como un borracho, se agita como una cabaña… La luna se sonrojará y el sol tendrá vergüenza”.Jesús, el último y el mayor de todos los profetas advierte: “se levantará nación contra nación y reino contra reino. Habrá hambre y peste y terremotos en diversos lugares” (Mateo 24, 7). “En la Tierra los pueblos serán presa de la angustia ante el rugido del mar y la violencia de las olas. Las gentes desfallecerán de miedo ante la expectativa de lo que sobrevendrá al mundo, porque los astros se conmoverán” (Lucas 22, 25-27).¿No ocurren escenas semejantes en los tsunamis del sudeste de Asia, en Fukushima en Japón, en los grandes tornados y ciclones como el Katrina y el Sandy en Estados Unidos y en otros lugares del planeta? ¿Las personas no se llenan de pavor al presenciar tal devastación y ver el suelo cubierto de cadáveres? Estas catástrofes no suceden por casualidad, suceden porque hemos roto la alianza sagrada con la Tierra y sus ciclos. Son señales y analogías que nos llaman a la responsabilidad.Curiosamente, a pesar de todos estos escenarios de destrucción, la palabra profética termina siempre con esperanza. Dice el profeta Isaías: “Dios quitará el velo de tristeza que cubre a todas las naciones. Enjugará las lágrimas de todos los rostros… Aquel día se dirá: este es nuestro Dios, en quien hemos esperado y Él nos salvará” (25,7.9). Y Jesús remata prometiendo: “cuando empiecen a suceder estas cosas, animaos y levantad la cabeza porque se acerca la liberación” (Lucas 21,28).Después de estas palabras proféticas no cabe comentario; solo el silencio pesaroso y meditativo.Traduccion de Maria Gavito Milano

domingo, outubro 06, 2013

Trail Congo

The death last week of at least 111 African refugees , who set out to sea towards a better life and wrecked in southern Italy , is a story that repeats predictably abysmal . As predictable as the mourning of the pope , the outrage of the human rights community and - past the initial thud - the indifference of the rest .
Are 31,000 illegal immigrants who arrived just in Italy this year, half of which will be returned to their countries of origin. And they are , for living , the lucky ones . For some , the story of Ornela Mbenga could have ended well . But because God is African , with safe passage Brazilian also the outcome of their passage through the hell of forced migration is yet to be written .
At first glance , the 23 year old Congolese and frank laugh hardly fits the profile of the victim . Sociable and multilingual within months she managed the Brazil housing and jobs receptionist in the Technological Park of the Federal University of Rio de Janeiro . But to get here , had to trick the devil.
Born in Walikale , eastern Democratic Republic of Congo , Ornela led a comfortable middle-class life . His father was teaching math while her mother took care of the house and the two sisters. Ornela was studying journalism and worked at the front desk of a bank . A good life despite the civil war that simmered in the country for two decades .
His life changed one morning in 2011 when the rebels invaded the city . At the bank, Ornela it took to realize the confusion . The thuds of possible shots were part of life in that country loaf , disputed inch by inch by troops of President Joseph Kabila and the Hutu militia , which has ties to the genocidal massacre of neighboring Rwanda. Ornela only understood the danger that afternoon when he saw his house on fire , looted their neighborhood and their neighbors on the run . Ornela followed the exodus, with clothes on and the equivalent of U.S. $ 200 in the pocket. Did not see her family , she was supposed to have been killed in the assault . For two weeks , managed to evade the guerrillas once playing on the floor and messing up the blood of a dead man to outwit the executioners . Helpless , eventually captured and taken to a rebel camp in Tanzania , where he worked hauling water gunpoint rifle .
In a country of 3 million refugees , the story is familiar. Surprising was the shift that took its plot . In the ebb and flow of the water well , Ornela met a fisherman who was moved by his story and engineered his escape . One night , she jumped the fence of the camp and ran to the harbor, where a sailor friend hid in the basement of a freighter . There was , in the trash enclosure , with a prayer on his head and a bag of peanuts in his hand , not knowing where he was going .
Two weeks later , the ship docked at Santos . Ornela recognized the language - his family lived one year in Angola - and asked for help . The owner of a bar fed her and called a college Angolan , who welcomed her . Weeks later , Ornela arrived in Rio and , shortly after , got the spot in the Technology Park .
The " guardian angels " who helped on the trail left behind . The surprises do not. One day , on duty, the phone rang and listening to the first syllables chiadas - " my daughter ? " - Ornela burst into tears . His mother was alive and found it through an uncle who bumped on your Facebook page .
Today , Ornela saves power to be reunited with his family , who emigrated to the United States by Senegal . In Vakinha , site donations from friends , she asks for help to buy a ticket to Chicago. Nothing much , just another story of a refugee - only this time told in the first person .
10/06/2013

Marina se rende à "velha política"

Estava na cara que ela não ficaria fora do jogo. Até o governo Dilma já contava com a candidatura presidencial de Marina Silva, como escrevi aqui mesmo nesta quinta-feira na coluna "Planalto conta com Marina candidata mesmo sem Rede".
O que ninguém esperava é que a ex-senadora se oferecesse para ser vice de Eduardo Campos, do PSB, o candidato dissidente da base aliada do governo, como ela comunicou aos seus seguidores, reproduzindo o que dissera a ele, ao final de uma reunião que terminou com muito choro de marináticos na madrugada de sábado em Brasília.
- Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser a sua vice e estou indo para o PSB.
Com esta decisão, anunciada por telefone ao governador de Pernambuco, que há poucos dias rompeu com o governo e tirou seus ministros, acabava o teatro de suspense montado por Marina para anunciar seu destino, depois que o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o registro da Rede Solidariedade, o nome de fantasia do partido que pretendia criar desde o seu rompimento com o PV, quando lançou o movimento "Nova Política". Nova?
Para tristeza dos seus "sonháticos", que acreditaram na pregação da missionária mística sobre a falência do antigo sistema de representação, Marina se rendeu à "Velha Política", aceitando o jogo como ele é nada vida real, com o único objetivo de derrotar Dilma e o PT, que ela agora acusa de "chavismo", depois de ter sido ministra de Lula nos seus dois mandatos.
Falaram mais alto os interesses dos seus sponsors, os grandes grupos econômicos que investiram nela para a criação do novo partido criado para que Marina pudesse ser candidata a presidente, e não queriam que ela agora, em nome da coerência, simplesmente jogasse a toalha, deixando o caminho livre para a reeleição de Dilma. Marina pode ser acusada de tudo, menos de rasgar votos e se entregar à coerência aos seus princípios.
Daqui a pouco, Eduardo e Marina vão anunciar oficialmente a chapa da "Coligação Democrática", como batizaram a chamada terceira via, tão esperada pelo establishment financeiro-midiático para pelo menos provocar um segundo turno em 2014 e acabar com a hegemonia petista no governo central.
Por ironia do destino, dois políticos historicamente ligados a Lula e ao PT formaram uma chapa forte que surge forte para enfrentar Dilma e Lula, deixando os tucanos Aécio e Serra comendo poeira na sua eterna crise existencial. Podemos não ter Fla-Flu entre PT e PSDB desta vez, como tudo parecia indicar.
Com um cacife de quase 20 milhões de votos nas últimas eleições e o segundo lugar nas pesquisas para 2014, variando entre 16 e 25% das intenções de voto, Marina aceitou disputar a eleição como vice de Eduardo Campos, o quarto colocado, que não consegue passar dos 5%, porque ainda é mais confortável ocupar o Palácio do Jaburú para continuar costurando sua Rede, do que voltar para o Acre de mãos abanando, sem partido, sem cargo e sem mandato. Mais adiante, afinal, as pesquisas poderão até determinar uma inversão dos nomes na chapa.
Deixando os marináticos fundamentalistas e a poesia de lado, Marina fez a escolha certa: ao optar por Eduardo Campos e deixar Roberto Freire chupando o dedo, com seu nanico PPS já rejeitado até por José Serra, a ex-ministra, que de boba não tem nada, aliou-se àquele que considero o mais preparado político brasileiro da geração pós-68. Foi uma jogada de mestre dos dois.
É jogo jogado. O resto é filosofia. 
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:



Marina surrenders to the " old politics "

It was obvious that she would not be out of the game . Until the Dilma government already had the presidential candidacy of Marina Silva , as I wrote right here on Thursday in the " Plateau has Marina candidate even without network ."
What nobody expected was that the former senator would offer to be vice Eduardo Campos , of the PSB , the dissident candidate allied with the government , as it announced to its followers , reproducing what told him at the end of a meeting which ended with much weeping marináticos early Saturday in Brasilia .
- Eduardo , are you prepared to be president of Brazil ? I'll be your vice and I'm going to the PSB .
With this decision, announced by phone to the governor of Pernambuco , a few days ago broke with the government and took his ministers , had the theater suspense ridden by Marina to announce his fate , after the Superior Electoral Court rejected the registration of the Solidarity Network the invented name of the party who wanted to create since her breakup with PV , when it launched the movement " New Politics " . New ?
To their sorrow " sonháticos " who believed in preaching the missionary mystique about the failure of the old system of representation , Marina surrendered to the " Old Politics " , accepting the game as it 's not real life , with the only goal to defeat Dilma and PT, she now accuses of " Chavez " , after having been minister of Lula in his two terms .
Spoke louder the interests of their sponsors , the big economic groups that invested in it to create the new party created that Marina could be a candidate for president , and did not want her now , in the name of consistency , just throw in the towel , leaving way for the re-election of Dilma . Marina can be accused of anything but ripping vote and deliver consistency to his principles .
Soon, Eduardo and Marina will officially announce the slate of " Democratic Coalition " as dubbed calling third way , as expected by the financial establishment - media to at least trigger a second round in 2014 and end the hegemony PT in central government .
Ironically , two politicians historically linked to Lula and the PT formed a strong plate that comes strong to face Dilma and Lula , leaving the toucans Sierra Aetius and the dust in his eternal existential crisis . We may not have Fla- Flu between PT and PSDB this time , as everything seemed to indicate .
With a bankroll of nearly 20 million votes in the last elections and the second in the polls in 2014 , ranging between 16 and 25 % of voting intentions , Marina accepted contest the election as vice Eduardo Campos , in fourth place , which can not pass 5%, because it is still more comfortable occupy the Palace quark to continue sewing your network , than back to Acre empty handed , without party, without charge and without warrant . Later , after all, the research will determine to a reversal of the names on the plate .
Leaving marináticos fundamentalists and poetry aside, Marina made ​​the right choice : to choose to leave Eduardo Campos and Roberto Freire sucking his thumb , with your runt PPS has rejected even by José Serra , the former minister , who has nothing silly , allied to that which I consider the most prepared Brazilian politician of the post -68 . It was a masterstroke of two.
It's game played . The rest is philosophy.

マリーナは、 "古い政治"に降伏

:リカルドKotscho 、ブログBalaio Kotschoによって
それは彼女がゲームの外ではないことは明らかだった。私は木曜日に右ここに書いたようにジルマ政府はすでに、マリナ·シルバ大統領立候補を持っていたまでは、 "高原さえネットワークなしでマリーナ候補を持っています。 "
何誰も期待できないことは、そのフォロワーに発表した元上院議員は、会議の最後に彼に言ったことを再現する、 PSBの副エドゥアルドカンポス、政府と同盟反体制派候補であることを提供することだったそのブラジリアに早い土曜日くらいしだれmarináticosで終わった。
- エドゥアルドは、あなたはブラジルの大統領になるために準備されている?私はあなたの逆だろうと私は、 PSBに行くよ。
優れた選挙裁判所は連帯ネットワークの登録を拒否した後に、この決定を、ペルナンブコ州の知事に電話が発表した、数日前、政府と破って、彼の大臣を取って、彼の運命を発表するマリーナで乗っ劇場サスペンスを持っていたそれは運動"新政治"を立ち上げPV、と彼女の崩壊以来、作成したい相手の名前を考案。初めてですか?
表現の古いシステムの障害に関する宣教師神秘性を説教を信じていた彼らの悲しみ" sonháticos "に、マリーナは、それが現実の生活ではないとして、ジルマを倒すための唯一の目標とし、ゲームを受け入れ、 "古い政治"に降伏とPT 、彼女は今彼の二面でルーラの大臣であった後、 "チャベス"と非難。
大声で自分のスポンサーの利益をスポーク、マリーナが大統領の候補かもしれない、と今では彼女を望んでいなかったことを作成した新しいパーティを作成するために投資し、大きな経済的グループは、一貫性の名の下に、ただ残して、タオルで投げるジルマの再選への道。マリーナは何でもリッピング投票と非難し、彼の原則に一貫性を提供することができます。
少なくとも、 2014年に第二ラウンドをトリガし、中央政府における覇権のPTを終了するために金融設立メディアが期待するようにすぐに、エドゥアルドとマリーナは公式として第三の道を呼び出すと呼ばれる"民主連合"のスレートを発表する予定。
皮肉なことに、歴史的にルーラとPTにリンク2の政治家はオオハシシエラAetiusと彼の永遠の実存的危機でほこりを残し、ジルマとルーラに直面する強い来る強いプレートを形成した。すべてが示すように見えたように我々は、 PTとPSDB 、この時間の間FLA-インフルエンザを持っていない可能性があります。
投票意図の16〜 25%の範囲の最後の選挙と2014年世論調査第二で約20万票、の資金を供給すると、マリーナは通過できません第四の場所に副エドゥアルドカンポスなどの選挙が、コンテストを受け入れ5% 、それが戻って手ぶらエーカーよりも、当事者にかかわらず、無償と令状なしで、あなたのネットワークを縫い続ける宮殿クォークを占めるまだまだ快適だからです。その後、結局、研究は、プレート上の名前の逆転に決定します。
marináticosの原理と脇詩を残して、マリーナは正しい選択をした:エドゥアルド·カンポスとロベルトフレイレはラント· PPSと、彼の親指を吸っても、愚かな何の関係もありませんホセ·セラ、元大臣によって拒否されているを残すことを選択する、私はポスト68の最も準備ブラジルの政治家を検討するためにどのことを同盟。それは2つの見事な腕前でした。
それはゲームがプレイ。残りは哲学です。


Fuga do Congo

A morte na semana passada de pelo menos 111 refugiados africanos, que se lançaram ao mar rumo a uma vida melhor e naufragaram no sul da Itália, é uma história que se repete com previsibilidade abismal. Tão previsível quanto o pranto do papa, a indignação da comunidade de direitos humanos e - passado o baque inicial - a indiferença de todo o restante.
São 31 mil os imigrantes ilegais que aportaram apenas na Itália neste ano, metade dos quais será devolvida aos países de origem. E são eles, por vivos, os sortudos. Por pouco, a história de Ornela Mbenga poderia ter acabado assim. Mas porque Deus é africano, com salvo-conduto brasileiro, também, o desfecho da sua passagem pelo inferno da migração forçada ainda está para ser escrito.
De relance, a congolesa de 23 anos e risada franca dificilmente encaixa-se no perfil de vítima. Sociável e poliglota, com poucos meses do Brasil ela conseguiu moradia e emprego de recepcionista no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mas para chegar até aqui, teve de driblar o diabo.
Nascida em Walikale, no leste da República Democrática do Congo, Ornela levava uma vida confortável de classe média. Seu pai dava aula de matemática enquanto a mãe cuidava da casa e das duas irmãs menores. Ornela cursava jornalismo e trabalhava na recepção de um banco. Uma vida boa apesar da guerra civil que fervia no país havia duas décadas.
Sua vida mudou numa manhã de 2011, quando a guerrilha invadiu a cidade. No banco, Ornela, demorou para perceber a confusão. Os estampidos de tiros eventuais faziam parte da vida naquele naco do país, disputado palmo a palmo pela tropa do presidente Joseph Kabila e a milícia de etnia hutu, que tem laços ao massacre genocida da vizinha, Ruanda. Ornela só entendeu o perigo naquela tarde quando viu sua casa em chamas, seu bairro saqueado e seus vizinhos em fuga. Ornela seguiu o êxodo, com a roupa no corpo e o equivalente a R$ 200 no bolso. Não viu mais sua família, que ela supunha ter sido morta no assalto. Por duas semanas, conseguiu esquivar-se da guerrilha, certa vez se jogando no chão e sujando-se de sangue de um morto para despistar os algozes. Desamparada, acabou capturada e levada a um campo rebelde na Tanzânia, onde trabalhou carregando água sob mira de fuzil.
Num país de 3 milhões de refugiados, a narrativa é familiar. Surpreendente foi a guinada que seu enredo tomou. No vai e vem do poço de água, Ornela conheceu um pescador, que se comoveu com sua história e arquitetou sua fuga. Uma noite, ela pulou o muro do acampamento e correu até o porto, onde um marujo amigo escondeu-a no porão de um cargueiro. Lá ficou, no compartimento de lixo, com uma prece na cabeça e um saco de amendoim na mão, sem saber para onde iria.
Duas semanas depois, o navio atracou em Santos. Ornela reconheceu a língua - sua família vivera um ano em Angola - e pediu ajuda. O dono de um bar alimentou-a e chamou um universitário angolano, que a acolheu. Semanas depois, Ornela chegou ao Rio e, pouco depois, conseguiu a vaga no Parque Tecnológico.
Os "anjos da guarda" que a ajudaram na fuga ficaram para trás. As surpresas, não. Um dia, de plantão, o telefone tocou e ao escutar as primeiras sílabas chiadas - "minha filha?" - Ornela caiu em prantos. Sua mãe estava viva e achou-a por meio de um tio, que esbarrara na sua página no Facebook.
Hoje, Ornela economiza para poder reencontrar-se com sua família, que emigrou para os Estados Unidos pelo Senegal. No Vakinha, site de doações entre amigos, ela pede ajuda para comprar uma passagem para Chicago. Nada demais, é só mais uma história de refugiada - só que contada desta vez na primeira pessoa.
06/10/2013

terça-feira, outubro 01, 2013

Deputado atola em lagoa que virou lama por conta da estiagem no PI

Deputado Fernando Monteiro visitou lagoa de Parnaguá, uma das maiores do Brasil, e acabou preso na lama.

A cena seria cômica se não fosse trágica. O deputado estadual Fernando Monteiro (PTB) atolou na lagoa de Parnaguá, 823 quilômetros ao Sul de Teresina (PI). O acidente na viagem do último fim de semana comprovou o drama provocado pela seca que atinge toda a região Nordeste.Ascom
Tida como a terceira maior lagoa do Brasil, com 12 quilômetros de comprimento e 6 quilômetros de extensão, a lagoa era usada para abastecer o município de Parnaguá.
"Fui tirar uma foto para mostrar que a lagoa estava seca. Foi quase uma hora com o povo me puxando", disse ao Cidadeverdecom o deputado, que foi ajudado por assessores com o cabo de uma vassoura. "Nunca tinha acontecido isso na minha vida. A situação é dramática tanto em Parnaguá quanto em Avelino Lopes".

A falta de água em Avelino Lopes foi motivo de requerimento apresentado por Fernando Monteiro na Assembleia Legislativa. Ele requisita que o Governo do Estado perfure três poços na zona urbana do município, além do abastecimento por carros-pipa.
"O abastecimento na cidade é feito por uma barragem que está praticamente seca", alertou o deputado, que quer que a Agespisa deixe de cobrar tarifa de abastecimento no período em que o mesmo não for normalizado.
O prefeito de Avelino Lopes, Dióstenes José Alves (PP), esteve com o deputado e relatou a situação desesperadora. "Estou aqui pedindo socorro a todos. A água não tem a mínima condição de consumo", disse o gestor, que já contou períodos de 20 dias sem abastecimento regular nas últimas semanas. 


Uma mulher de bunda grande, segundo a ciencia, é mais inteligente e vive mais

volei-feminino

Segundo uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Oxford, ter as nádegas de um tamanho considerável previne o desenvolvimento de diabetes. Por sua vez, determinaram que as mulheres que possuem um traseiro grande e cintura fina, são mais inteligentes que o restante.

O corpo feminino acumula gordura em muitas partes, como os seios, o abdômen ou as pernas, mas muitas garotas guardam grandes reservas nos glúteos, algo que tem mais vantagens do que poderiam imaginar.Os cientistas analisaram e compararam a gordura do abdômen feminino com as das pernas, cadeiras e nádegas, encontrando que a gordura proveniente da parte baixa do corpo das mulheres previne o desenvolvimento de diabetes, graças à quantidade e tipo de hormônios que contém. Estas gorduras produzem hormônios que ajudam a metabolizar açúcares e outros lipídeos de forma mais fácil, ao contrário da gordura abdominal que segrega hormônios com o efeito contrário.De qualquer forma, não se trata de que as mulheres devam comer a mais. O benefício do traseiro avantajado é determinado pela genética, portanto ainda não é possível alterar o bumbum por meio de hábitos alimentícios.Outras descobertas similares, que fazem pensar que as mulheres com traseiros grandes são capazes de viver mais e melhor, são os realizadas pelas universidades de Califórnia e Pittsburgh. Pesquisadores destas instituições descobriram que as mulheres desbundantes e com largas cadeiras, mas com cinturas finas, são mais inteligentes que as demais.A inteligência destas voluptuosas garotas, deve-se aos ácidos graxos Omega 3 que se acumulam ali e que intervêm no desenvolvimento do cérebro. Os pesquisadores analisaram dados de 16 mil mulheres, concluindo que ao comparar as medidas da cadeira com a cintura, a proporção ideal resulta de 0.6 e 0.7.O professor Konstantinos Manolopoulos, quem encabeçou a equipe da Universidade de Oxford, assegura que as mulheres com mais gordura nas nádegas têm níveis menores de colesterol e glicemia. Ter um grande traseiro também favorece os níveis de leptina no corpo feminino. A leptina é um hormônio que se encarrega de regular o peso; bem como a dinopectina, hormônio com efeitos antiinflamatórios, vasculoprotetores e anti-diabéticos.O tecido adiposo dos glúteos grandes prende as partículas gordas daninhas e evita padecimentos cardiovasculares. Outros interessantes resultados destas pesquisas foram que, ao que parece, os filhos nascidos de mães com cadeiras mais largas são intelectualmente superiores aos filhos de mães menos voluptuosas.

FonteCronica.ar

domingo, setembro 29, 2013

JUSTIÇA DETERMINA LIBERAÇÃO DE REGISTROS DO MAIS MÉDICOS EM MINAS